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JUSTIÇA
Segunda - 18 de Julho de 2016 às 19:56
Por: Redação TA c/ TJ-MT

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Foto: Divulgação
Energia oscilando, eletrodomésticos ligando e desligando, equipamentos queimados, inúmeras reclamações feitas, vários protocolos abertos e muito estresse. Essa foi a rotina do administrador de empresas João Batista de Oliveira durante mais de 30 dias.

Cansado destes problemas ele resolveu entrar com um processo contra a concessionária de energia Energisa. O caso dele e de outras 269 pessoas foram parar no mutirão realizado pela Central de Conciliação da Capital e a empresa, que teve início da manhã desta segunda-feira (18 de julho).

No horário marcado João Batista foi chamado para a mesa de conciliação com as partes envolvidas. A conciliação começou e 15 minutos depois o problema, que se arrastou por mais de um mês, estava resolvido. Acordo fechado.

“Fiquei muito satisfeito. Na verdade não pensei que seria tão rápido assim. Fui atendido na hora marcada, isso mostra respeito com as partes. Se eu deixasse o processo correr isso poderia durar muito tempo. Eu queria apenas que a empresa pagasse pelo prejuízo que eu tive, nada mais”.

Em razão das oscilações de energia João Batista teve uma geladeira e dois aparelhos de ar condicionado queimados. “Eu mandei consertar a geladeira e consegui que a empresa pagasse o valor, que foi de R$ 800,00.Já com relação aos dois aparelhos de ar condicionado, que queimaram também em razão das oscilações de energia, a empresa não quis pagar, por isso tiver entrar com esse processo. Saio do acordo satisfeito. Se alguém me perguntar se eu indico a conciliação? Claro que sim. Temos o nosso problema resolvido dentro de um prazo justo”, destaca, completando que o valor do acordo, de R$ 5.200,00, será pago pela empresa no prazo de 20 dias.


Os processos em pauta tramitam nos juizados especiais. As audiências continuam nesta terça e quarta (19 e 20 de julho), das 8h às 16h30. Cinco bancas de conciliadores atendem simultaneamente as partes, dando rapidez nos acordos.

Os processos levados para a mesa de conciliação são referentes a contas atrasadas, cobranças indevidas, oscilação de energia, falhas ou interrupções no fornecimento de energia. As ações tratam de conflitos e reclamações envolvendo a Energisa, tanto nos casos em que a empresa aparece como ré, como também nos casos em que ela é autora da ação.

A coordenadora da Central de Conciliação de Cuiabá, juíza Adair Julieta da Silva, ressalta que o mutirão tem o objetivo de trazer celeridade no andamento processual, além de fomentar a cultura do diálogo e da pacificação social. “Quando as partes chegam a um acordo é muito positivo, porque os dois lados saem ganhando. As duas partes cedem um pouco e saem satisfeitas com resultado.

O Judiciário também ganha com a conciliação, porque conseguimos reduzir o nosso estoque e dar uma resposta mais rápida às demandas do jurisdicionado”, destaca a magistrada, completando que mais oito mutirões serão realizados pela Central até novembro.





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