Propriedade em Água Boa tem 300 hectares de desmatamento ilegal
Segundo o superintendente de Fiscalização da Sema, major da PM Fagner Augusto do Nascimento, a operação aconteceu nesta sexta-feira (08.05) durante o dia inteiro. Mas a equipe ainda está fazendo a checagem da área, por isso não há como falar em valor da multa. “Nós faremos ainda a quantificação exata da área de desmatamento, também temos que ver se é reserva legal ou não”. Não havia ninguém quando os fiscais adentraram a propriedade. Assim que as informações forem checadas, a propriedade poderá ser autuada, além de ter o embargo das suas atividades, respondendo processo administrativo junto à Sema.
Fechando o cerco
Durante todo o mês de abril, as equipes de fiscalização estão seguindo os dados de monitoramento via satélite para realizar operações de combate ao desmatamento em todo o Estado. Nos primeiros 15 dias, foram embargados 6.035,42 hectares em 38 propriedades rurais nos municípios de Sinop, Itaúba, Colíder, Gaúcha do Norte, Nova Canaã do Norte e Cláudia por desmatamentos ilegais. No total, 51 pontos foram inspecionados em razão de alerta de desmatamentos provenientes de programas de controle e monitoramento da Amazônia (SAD-Imazon/Inpe).
Na segunda quinzena, foram fiscalizados 44 pontos nos municípios de Porto dos Gaúchos, Tapurah, Tabaporã, Itanhangá, dos quais 32 com identificação de desmatamento ilegal, com 39 autos de infração e 34 termos de embargo. Desse total, 6 pontos já eram de áreas embargadas, dos quais em 5 foram confirmadas o descumprimento do embargo e serão autuados; em outros 2 pontos foram identificadas exploração seletiva de madeira, os proprietários serão autuados e as áreas embargadas. Houve também a constatação de queimada ilegal. Até o momento, foram aplicadas R$ 7,2 milhões em multas.
Monitoramento
As ações da fiscalização da Sema são direcionadas pelo boletim do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), que no mês de março deste ano indicou que os Estados que mais sofreram com o desmatamento foram: Mato Grosso (76%) e Amazonas (13%), seguidos por Rondônia (8%), Tocantins (2%) e Pará (1%). Em março, 86% dos desmatamentos aconteceram em áreas privadas, 9% em assentamentos de reforma agrária e 5% em unidades de conservação.