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EDUCAÇÃO
Terça - 05 de Maio de 2015 às 09:02
Por: Midianews

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 Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aguardam decisão de outras instituições federais do país para que seja deflagrada greve na entidade.

O indicativo de paralisação foi assinado pela classe em abril e novas reuniões serão feitas neste mês para que a data seja definida.

Conforme o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), Reginaldo Araújo, a data mais provável para a greve ser deflagrada é 29 de maio, dia para o qual está agendada uma nova paralisação na universidade.

Caso não seja decidida a situação das entidades federais ainda neste mês, o movimento não é descartado para os próximos meses deste ano.

“Estamos dispostos a entrar em greve, falta somente marcar a data. Por mais que não seja neste momento, não descartamos uma paralisação no futuro”, afirmou o presidente da associação dos docentes da UFMT.

Dentre as reivindicações feitas pelos docentes estão melhores condições salariais a professores aposentados e em exercício, o projeto de terceirização do trabalho, a redução no custo da Previdência Social e a perda de 31% do orçamento da educação no Brasil.

Até o dia 12 de maio serão realizadas reuniões em que serão discutidas possíveis datas para que seja deflagrada a greve na instituição.

“Iremos debater com os sindicatos nacionais sobre as pautas que queremos abordar durante esta paralisação”, disse Araújo.

No dia 14 de maio haverá paralisação das atividades na universidade, em razão de atividades que serão feitas pela classe para reiterar a insatisfação com medidas adotadas pelo Governo Federal.

Calendário adequado

O calendário da instituição se adequou neste ano às datas corretas de um período letivo, pois ainda estava recuperando o tempo em que a universidade ficou paralisada em 2012, na greve que durou 126 dias.

Conforme a classe, os benefícios solicitados na última paralisação não foram plenamente conquistados.

“A situação das universidades ficou ‘menos pior’, sem grandes mudanças, depois da última greve”, afirmou Araújo.

Salário e aposentadoria

Conforme a Adufmat, as condições salariais, de trabalho e a atual situação da verba destinada à educação serão itens preponderantes para que seja definida a data.

Apesar de o plano salarial para este ano estar finalizado, os docentes pretendem conquistar benefícios financeiros para 2016.

A partir do ano que vem, a classe cobrará reajuste de 27% para todas as categorias e remunerações semelhantes entre os professores aposentados e os que ainda estão em exercício.

Os assuntos específicos das instituições públicas federais são debatidos no Sindicato Nacional (ANDES-SN), que representa todas as unidades do país. Somente após a avaliação nacional entre todas as universidades será encaminhada a decisão final sobre a greve.

Mais reivindicações da classe

Além das condições salariais e a qualidade de trabalho dos professores, pautas referentes ao trabalho, benefícios concedidos a professores e o corte de verba na educação também abarcam as reclamações dos docentes.

O corte de verba na educação é um dos itens que será reivindicado pelos docentes, que não concordam com a medida.

Neste ano houve corte de quase R$ 600 milhões nos gastos discricionários (não obrigatórios) com Educação. A pasta teve o maior contingenciamento das chamadas despesas de custeio nos 39 ministérios do governo.

O projeto de terceirização também é uma das pautas de reclamações da classe, que é contra o decreto. O Projeto de Lei (PL) 4.330, aprovado na Câmara dos Deputados e em análise no Senado, permite a contratação de trabalhadores por meio de empresas terceirizadas em todas as atividades, inclusive nas áreas fim.

Outro ponto de discordância são as Medidas Provisórias 664 e 665, assinada em 30 de dezembro de 2014. As duas medidas objetivam a redução de custo da Previdência Social com ônus para os segurados. Tais decretos alteraram itens referentes à pensão por morte e afastamentos por motivo de doença.  




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