Reforma aprovada encerra polêmica sobre mudança por decreto ou lei
A emenda do deputado estabelece que em casos de “criação e extinção de cargos públicos e órgãos públicos” a mudança seja feita só por meio de lei, aprovada pelos deputados, e não mediante decretos como previa a Mensagem 20 (Projeto de Lei Complementar 01/2015) do governo Pedro Taques (PDT).
A emenda de Zeca foi acatada depois de ser apresentada durante a sessão, após diversas reuniões na manhã de quarta-feira entre o líder do governo, Wilson Santos (PSDB), o deputado e demais parlamentares.
Foi preciso o presidente Guilherme Maluf (PSDB) suspender a sessão por cerca de 40 minutos e prorrogá-la por uma hora para a aprovação do projeto de interesse do governo. Na sessão de terça-feira à noite o presidente Maluf já havia suspendido a sessão para tentar chegar a um acordo.
O projeto tramitou na Assembleia Legislativa de 24 de fevereiro até esta quarta-feira (29), teve dois relatores e cerca de 48 emendas após o primeiro relator do projeto, deputado Max Russi (PSB) ter apresentado um substitutivo integral no dia 22.
Apenas nos últimos 7 dias, diversos deputados apresentaram dezenas de emendas, entre eles Emanuel Pinheiro (PR), a maior parte; Oscar Bezerra (PSB); José Domingos (PSD); José Carlos do Pátio (SDD); Zeca Viana (PDT-MT); e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Dilmar Dal´Bosco (DEM), o último relator do Projeto de Lei Complementar aprovado, a reforma administrativa.
DECRETO OU LEI
As emendas do deputado Zeca Viana foram para corrigir inconstitucionalidade contida no artigo 49 do projeto aprovado.
Durante a sessão e após reuniões entre deputados, uma nova emenda modificativa foi apresentada pelo deputado do PDT, cujo princípio central foi substituir a expressão “mediante decretos regulamentares” da proposta da mensagem do governo por “mediante lei” no artigo em caso de criação e extinção de cargos e órgãos públicos.
O texto original da mensagem do governo era inconstitucional, por ser incompatível com os artigos 84 da Constituição Federal e 39 da Constituição Estadual, argumenta o deputado.