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Promotor não descarta nova fase da Operação Imperador
O promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro, que coordena o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), não descartou a possibilidade de ser deflagrada uma nova fase da "Operação Imperador".
A operação resultou na prisão preventiva do ex-deputado José Geraldo Riva, no dia 21 de fevereiro, além de denúncia contra outras 14 pessoas.
Os denunciados são acusados de integrar um esquema que teria desviado mais de R$ 60 milhões (valores corrigidos) da Assembleia Legislativa (AL-MT), entre 2005 e 2009, por meio da aquisição de materiais gráficos que nunca teriam sido entregues.
“Essa questão vai ser publicizada pelo Ministério Público no momento oportuno. Eu não descarto nada nessa vida”, relatou ele, em entrevista à imprensa, após a audiência realizada nesta terça-feira (28).
Marco Aurélio afirmou que há provas de que José Riva tinha dívidas de campanha e com empresas de factoring, sendo que o dinheiro desviado, conforme a delação do empresário Júnior Mendonça, serviria para alimentar o “sistema”, que possivelmente envolveria outros políticos.
Questionado se o MPE já pediu ou irá pedir quebras de sigilo bancário para identificar se algum político recebeu valores supostamentes desviados por José Riva, o promotor se limitou a dizer que o órgão irá se pronunciar sobre isso na ocasião apropriada.
“Temos em andamento outras diligências. Nesse processo nós já temos várias quebras, mas as demais diligências e outros fatos vão ser publicizados no momento oportuno”, adiantou.
Depoimentos
Na audiência desta terça-feira (28), foram ouvidos o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), os ex-deputados Luiz Marinho (PTB) e Carlos Azambuja (PP), além do ex-secretário-geral da AL-MT, Luiz Márcio Bastos Pommot.
Nos depoimentos, todos eles confirmaram que, apesar de José Riva ter sido afastado do cargo de presidente da AL-MT, em 2013, o político continuou a despachar no gabinete da presidência.
Para Marco Aurélio, essa é uma prova de que José Riva tinha a Assembleia Legislativa nas mãos.
“Essa decisão judicial que visava afastar o deputado do comando da Casa não se aplicava. Ou seja, Riva convivia na Assembleia sem situação e oposição, sentando na cadeira do administrador, sendo que pelo Poder Judiciário estava afastado desta função. O que podemos constatar é que todos ali anuíram com esta situação irregular e que o deputado Riva, em que pese estar afastado judicialmente, continuava a comandar o Poder Legislativo do Estado de Mato Grosso”, afirmou o promotor de Justiça.
Quanto às fraudes nas aquisições de materiais gráficos, o promotor reforçou que os depoimentos do deputado Dilmar Dal Bosco e dos ex-deputados não tiveram grande significância.
“O que as testemunhas falam é que se existe a necessidade de requisitar material, eles requisitavam. Mas a grande fraude é a entrega deste material, que não era entregue. Era entregue apenas a nota, a nota era paga de forma assustadoramente rápida e 80% era sacado na boca do caixa e devolvido à pessoa de Edemar Adams, que fazia os pagamentos a José Geraldo Riva, que por sua vez mantinha o sistema”, ressaltou.
A operação resultou na prisão preventiva do ex-deputado José Geraldo Riva, no dia 21 de fevereiro, além de denúncia contra outras 14 pessoas.
Os denunciados são acusados de integrar um esquema que teria desviado mais de R$ 60 milhões (valores corrigidos) da Assembleia Legislativa (AL-MT), entre 2005 e 2009, por meio da aquisição de materiais gráficos que nunca teriam sido entregues.
“Essa questão vai ser publicizada pelo Ministério Público no momento oportuno. Eu não descarto nada nessa vida”, relatou ele, em entrevista à imprensa, após a audiência realizada nesta terça-feira (28).
Marco Aurélio afirmou que há provas de que José Riva tinha dívidas de campanha e com empresas de factoring, sendo que o dinheiro desviado, conforme a delação do empresário Júnior Mendonça, serviria para alimentar o “sistema”, que possivelmente envolveria outros políticos.
Questionado se o MPE já pediu ou irá pedir quebras de sigilo bancário para identificar se algum político recebeu valores supostamentes desviados por José Riva, o promotor se limitou a dizer que o órgão irá se pronunciar sobre isso na ocasião apropriada.
“Temos em andamento outras diligências. Nesse processo nós já temos várias quebras, mas as demais diligências e outros fatos vão ser publicizados no momento oportuno”, adiantou.
Depoimentos
Na audiência desta terça-feira (28), foram ouvidos o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), os ex-deputados Luiz Marinho (PTB) e Carlos Azambuja (PP), além do ex-secretário-geral da AL-MT, Luiz Márcio Bastos Pommot.
Nos depoimentos, todos eles confirmaram que, apesar de José Riva ter sido afastado do cargo de presidente da AL-MT, em 2013, o político continuou a despachar no gabinete da presidência.
Para Marco Aurélio, essa é uma prova de que José Riva tinha a Assembleia Legislativa nas mãos.
“Essa decisão judicial que visava afastar o deputado do comando da Casa não se aplicava. Ou seja, Riva convivia na Assembleia sem situação e oposição, sentando na cadeira do administrador, sendo que pelo Poder Judiciário estava afastado desta função. O que podemos constatar é que todos ali anuíram com esta situação irregular e que o deputado Riva, em que pese estar afastado judicialmente, continuava a comandar o Poder Legislativo do Estado de Mato Grosso”, afirmou o promotor de Justiça.
Quanto às fraudes nas aquisições de materiais gráficos, o promotor reforçou que os depoimentos do deputado Dilmar Dal Bosco e dos ex-deputados não tiveram grande significância.
“O que as testemunhas falam é que se existe a necessidade de requisitar material, eles requisitavam. Mas a grande fraude é a entrega deste material, que não era entregue. Era entregue apenas a nota, a nota era paga de forma assustadoramente rápida e 80% era sacado na boca do caixa e devolvido à pessoa de Edemar Adams, que fazia os pagamentos a José Geraldo Riva, que por sua vez mantinha o sistema”, ressaltou.
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