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JUSTIÇA
Terça - 28 de Abril de 2015 às 13:22
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 O Conselho de Sentença que irá definir se o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima deve ser condenado ou não pelo assassinato da juíza Glauciane Chaves de Melo é formado por quatro mulheres e três homens.

A sessão do Tribunal do Júri presidida pelo magistrado Carlos Augusto Ferrari teve início na manhã de hoje e deve se estender até a meia-noite.

A previsão é de que sejam ouvidas oito testemunhas, sendo três delas comuns à acusação e defesa. Em seguida, será ouvido o réu. 

Após as oitivas inicia-se o debate, com manifestação dos advogados de defesa e do Ministério Público

Em seguida, os jurados se reúnem em uma sala separada para votação e, por fim, o presidente da sessão profere a sentença.

De acordo com o juiz Carlos Augusto Ferrari, o Tribunal do Júri é uma das principais manifestações da democracia no país e está previsto no Código de Processo Penal. Vão ao julgamento popular réus acusados de crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados.

Entenda o caso

Evanderly foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio triplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Ele pode ser condenado a mais de 30 anos de prisão.

De acordo com a denúncia, o homicídio foi praticado por motivo torpe, com utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e ainda expôs a perigo comum os servidores que trabalham no Fórum e os moradores próximos ao local do crime.

Dos três disparos deflagrados, dois atingiram a vítima na parte de trás do crânio, sendo que um dos projéteis ficou alojado na região nasal da vítima.

“Pelo que se pode inferir dos laudos periciais, quando a vítima foi atingida, ela se encontrava de costas para o denunciado, dificultando a sua defesa. Na parte posterior à sala, onde o corpo da vítima foi encontrado, há janelas de vidro que dão acesso à parte externa do Fórum e há residências habitadas que se posicional de fronte às janelas. Desta forma, percebe-se que a conduta do denunciado expôs a perigo comum os servidores que trabalham no Fórum e ainda transeuntes e moradores próximos ao local do crime”, diz um trecho da denúncia.

Ele está detido na Penitenciária Central do Estado.

O assassinato

Glauciane Melo foi assassinada com dois tiros na cabeça. De acordo com a PM, ela estava no Fórum da cidade quando foi surpreendida por seu ex-marido - que tinha livre acesso ao local. Eles tiveram uma discussão e logo em seguida foram ouvidos os disparos. Ele fugiu a pé.

O segurança do Fórum chegou a persegui-lo e fazer alguns disparos na direção dele, que se escondeu entrando em um matagal. A arma utilizada no crime – um revólver calibre 38 - foi encontrada pela polícia no gramado do Fórum de Alto Taquari.

O corpo da magistrada foi trazido para Cuiabá para necropsia e velado por ao menos duas horas no Tribunal de Justiça.

Logo depois seguiu de avião para Minas Gerais. O sepultamento ocorreu no Parque Renascer, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.





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