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POLÍTICA
Segunda - 13 de Abril de 2015 às 10:00
Por: A Gazeta

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 O reajuste da verba indenizatória na Assembleia Legislativa pode refletir no benefício pago aos vereadores da Câmara de Cuiabá. Em meados do ano passado os parlamentares da Capital aprovaram um projeto de lei que determina que o valor desta verba destinada a eles corresponderá a 75% do que é pago aos deputados estaduais.

A lei foi questionada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e desde julho do ano passado, um mês após ter entrado em vigor, está suspensa por determinação da juíza Célia Regina Vidotti. O Legislativo da Capital, no entanto, recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça. O processo está sob relatoria da desembargadora Maria Erotides Kneip Baranjak.

Caso a decisão de primeira instância seja revertida, o valor da verba indenizatória dos parlamentares de Cuiabá chegaria a marca de R$ 48,7 mil, quase seis vezes mais do que o valor de R$ 9 mil (o equivalente a 60% do salário de R$ 15 mil pago a um vereador da Capital) determinado na sentença proferida pela juíza Célia Regina Vidotti. 

O eventual reajuste também poderia colocar em risco as finanças da Câmara de Cuiabá, que no ano passado já precisou de uma antecipação de quase R$ 2 milhões do duodécimo para colocar as contas em dia. Na época, o presidente da Mesa Diretora, o vereador Júlio Pinheiro (PTB), afirmava ter herdado uma dívida de R$ 8 milhões de seu antecessor, o ex-vereador João Emanuel (PSD), e chegou a promover uma reforma administrativa, com a redução no número de secretarias, para tentar conter gastos.

O valor da verba indenizatória dos vereadores de Cuiabá vem sendo questionado pelo MPE há, pelo menos, dois anos. Entre os argumentos está o de que os valores recebidos pelos parlamentares não podem ultrapassar o teto constitucional que, no caso da Capital, é o salário do prefeito.





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