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JUSTIÇA
Quinta - 02 de Abril de 2015 às 11:03
Por: Mídia News

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Ex-secretário de Estado, Eder Moraes (destaque) voltou à prisão nesta quarta-feira (1º)
Ex-secretário de Estado, Eder Moraes (destaque) voltou à prisão nesta quarta-feira (1º)
O ex-secretário de Estado Eder Moraes, preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (1º de abril), foi encaminhado ao Centro de Custódia do Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo presídio do Carumbé).

Ele foi alvo da 7ª fase da Operação Ararath pela suspeita de estar movimentando bens móveis e imóveis em nome de “laranjas”, com o intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro e arresto de bens.

Eder Moraes já havia sido preso em maio do ano passado, durante a 5ª fase da operação, e só foi solto em agosto daquele ano, após 81 dias.

A prisão foi decretada na noite de terça-feira (31 de março) pelo juiz Jefferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso.

Conforme o advogado Ronan Oliveira, que faz a defesa do ex-secretário, ainda hoje será impetrado um Habeas Corpus com pedido de soltura junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) em Brasília.

A previsão é que o requerimento seja julgado pela vice-presidente do TRF1, desembargadora Neuza Maria Alves Silva, que cobrirá o plantão durante o feriado da Sexta-Feira Santa.

Irregularidades negadas

O advogado Ronan Oliveira afirmou que o principal motivo que resultou na prisão foi a acusação de que o ex-secretário teria transferido um terreno para o nome de seu próprio filho.

No entanto, ele afirmou que irá provar que não houve qualquer movimentação ilegal dos bens de Eder Moraes.

“Não houve esse tipo de transação que o Ministério Público acusa e que serviu de embasamento para a prisão dele. Isso sequer está cogitado. E vamos juntar toda a documentação necessária para mostrar que não houve nada disso que estão falando. Não houve mesmo”, ressaltou o advogado.

Acusações

O delegado Marco Aurélio Saveri, da Polícia Federal, afirmou em entrevista coletiva que Eder Moraes estaria a utilizar “laranjas”, parentes e membros da família Piran para movimentar seu patrimônio e até pagar contas pessoais.

"Contudo, o dinheiro não foi encontrado, visto que o investigado ocultou bens e valores de forma proposital. Apesar de não identificarmos a movimentação, concluímos que o patrimônio está sendo movimentado, seja imóveis, veículos ou pagamentos de contas de alto valor, por meio de terceiros. Por isso não conseguíamos encontrar nenhuma movimentação financeira ou de patrimônio dele", disse.

O delegado explicou que Eder teve bens bloqueados judicialmente, e que se utilizava desta estratégia para tentar não ser atingido.

Ele ressaltou que as pessoas utilizadas como "laranjas" também podem ser responsabilizadas pelos crimes de ocultação e lavagem de dinheiro.

Segundo o delegado Marco Aurélio, somadas as ordens judiciais, "Eder deverá ter que devolver cerca de R$ 100 milhões". 

"Constatamos inúmeras transações feitas por ele, recentemente. Principalmente após o período em que ele esteve preso. Contudo, a Operação Ararath, como um todo, demonstra que as práticas criminosas vem sendo cometidas por ele há anos", disse.




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