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POLÍTICA
Quinta - 26 de Março de 2015 às 08:30
Por: Diário de Cuiabá

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 Os auxílios concedidos aos deputados estaduais deverão ser cortados, porém eles não devem ficar totalmente sem benefícios, pois o valor deverá ser centralizado na verba indenizatória (VI), que passa por estudos para ser reajustada, como uma forma compensatória. Atualmente, a VI é de R$ 35 mil e os parlamentares têm ainda mais R$ 8 mil de verba de gabinete, e ainda possuem direito a auxílio moradia, veículo, combustível e outras vantagens que custeiam a ação parlamentar. 

Apesar da possibilidade de aumentar o valor da verba, a Mesa Diretora trabalha para garantir mais redução nos gastos da Casa, que já anunciou uma economia de R$ 20 milhões, valor que será devolvido, pela primeira vez na história do Legislativo mato-grossense, ao governo e aplicado na saúde. O presidente da Assembleia, deputado Guilherme Maluf (PSDB), disse durante a sessão de ontem que a Mesa Diretora tem feito uma reengenharia financeira para garantir essa economia.

E, para isso, além dos cortes nos auxílios dos deputados, haverá ainda revisão orçamentária, enxugamento dos gastos com Comunicação, gráfica e até patrocínios, que na opinião dele são de responsabilidade do Executivo.

 Os R$ 20 milhões economizados neste início da legislatura, segundo Maluf, são também de pagamentos que foram suspensos, enquanto é feita a análise do que se acumulou no Caixa. “Nesses 60 dias deixamos de fazer pagamentos até por conta do levantamento e acumulou reserva no caixa. Nos adequarmos para conseguir readequar os recursos devolvendo para compra de ambulâncias. É a primeira vez que o Poder Legislativo devolve recursos para Estado” afirmou o presidente da Casa.

Desde quando assumiu a Presidência da AL, Maluf adotou uma postura radical com relação aos gastos da Casa, discurso sobre a moralização do Parlamento em Mato Grosso e chegou a demitir cerca de 850 funcionários da Casa para garantir o enxugamento da máquina. Porém, a demissão em massa acabou criando outro problema: o funcionamento da Casa. Os trabalhos foram prejudicados, as sessões foram suspensas por uma semana, e as comissões não tiveram início por falta da equipe técnica. 

Por outro lado, na contramão do discurso de enxugamento, o deputado Gilmar Fabris (PSD) foi à tribuna pedir o aumento da Verba Indenizatória. Para ele, com a economia realizada pela Assembleia é justo que seja revertido para atuação parlamentar. “Foi economizado sem tirar do salário do servidor. É justo que o deputado que representa Mato Grosso, viaja pelo Estado, tenha a verba indenizatória aumentada”, defendeu. 

Apesar do apelo de Fabris, a Mesa Diretora não parece estar disposta a atender, além disso, os demais deputados não encamparam a solicitação do social-democrata. 





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