Depoimento de ex-secretário Eder Moraes no processo da Ararath é adiado
A audiência foi remarcada porque duas testemunhas não compareceram. O procurador do estado, João Virgílio Nascimento Sobrinho, não compareceu. Já o ex-secretário de Fazenda, Edmilson Santos, não foi intimado. A ação tramita na 5ª Vara Federal, cujo titular é o juiz Jeferson Schneider.
Réu no processo e apontado como um dos articuladores dos crimes financeiros, Moraes voltou a afirmar que todas as transações financeiras feitas sob a gestão dele no estado foram legais. "A minha defesa está dentro de cada pagamento realizado, todos feitos com estudos. Todos foram procedimentos legais", afirmou o ex-secretário, o único a comparecer à Justiça Federal nesta quinta.
Moraes é réu em seis ações referentes à Ararath e criticou o oferecimento de várias denúncias sobre os crimes. "O ruim é fatiar as ações. Isso é uma estratégia do Ministério Público Federal para fazer volume", disse o acusado.
A operação Ararath, da Polícia Federal, investiga crimes de lavagem de dinheiro e crimes financeiros em Mato grosso. Estima-se que R$ 500 milhões foram movimentos por meio de contas de factorings de fachada que funcionavam como bancos clandestinos. O dinheiro beneficiaria um grupo político no estado - entre eles, Éder Moraes, apontado como o principal articulador do esquema de empréstimos fraudulentos.
Conforme depoimento do delator Junior Mendonça, o esquema começou em 2008, com um empréstimo feito ao então vice-governador do estado, Silval Barbosa, de R$ 4 milhões.
No último dia 6, outras testemunhas de acusação e defesa prestaram depoimentos referentes à Ararath. Entre elas, a colunista social Karina Nogueira, ex-mulher do empresário Gércio Marcelino Mendonça, conhecido como Júnior Mendonça, delator do esquema.
Ações
Até o momento, as investigações da operação Ararath resultaram em sete denúncias contra 14 pessoas. Sete processos tramitam atualmente na 5ª Vara da Justiça Federal - a primeira ação penal foi dividiad em duas ações.