A renúncia do prefeito foi lida no plenário da Câmara Municipal, logo após abertura de sessão que iria votar um novo pedido de cassação contra o prefeito da cidade
Prefeito de Chapada dos Guimarães renuncia ao cargo
A renúncia do prefeito foi lida no plenário da Câmara Municipal, logo após abertura de sessão que iria votar um novo pedido de cassação contra Neves.
Desde maio de 2014, José Neves foi alvo de quatro afastamentos judiciais o que gerou uma crise política no município. Com a renúncia, o seu vice, Lisú Koberstain (PMDB), - que já ocupa o cargo de prefeito por força da última decisão judicial - assume em definitivo a gestão.
Crise
O prefeito José Neves é réu em diversas ações por improbidade administrativa. O gestor também está com as contas bloqueadas em valores acima de R$ 2 milhões por força de três decisões em processos diferentes.
Antes de renunciar, Neves enfrentou uma batalha judicial com várias decisões contrárias e outras favoráveis com a Câmara de Vereadores de Chapada dos Guimarães. Por duas vezes o Legislativo tentou cassar seu mandato, mas foram frustradas por falta de votos.
A mais recente tentativa ocorreu em dezembro de 2014, quando os parlamentares acolheram uma nova denúncia contra o tucano e votaram pelo afastamento cautelar de mais 90 dias. Porém, ele recorreu à Justiça com um mandado de segurança e conseguiu uma liminar que tornou sem efeito a sessão parlamentar realizada no dia 18 de dezembro.
No último afastamento, 24 de fevereiro, o gestor ficou apenas 12 dias no cargo até o desembargador Márcio Vidal, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) acatar um recurso de agravo de instrumento impetrado pela Câmara Municipal de Vereadores e tornado sem efeito a decisão da juíza Silvia Renata Anffe Souza, da 2ª Vara Cível de Chapada.
Futuro
Para o procurador de Chapada, Jair Klesner, a saída de José Neves com a efetivação do vice colocará fim a instabilidade política que tem prejudicado a gestão da cidade. “Trará mais segurança para gestão e própria sociedade. Agora, com o vice assumindo como prefeito ele tem que mostrar sua identidade administrativa e um novo planejamento. É uma garantia a mais, pois da forma vinha, com a insegurança de mandato, muitas ação s foram prejudicadas”.
Com crise política instalada na cidade, diversos problemas surgiram como o asfaltamento que ficou em péssimas condições e foi alvo de uma notificação recomendatória do Ministério Público Estadual (MPE) que deu um prazo de dez dias para que o prefeito desse início aos reparos e manutenções das vias públicas da cidade. De acordo com o procurador, as obras, nas ruas do município foram retomadas nesta quarta-feira (11)