Crianças e jovens em situação de vulnerabilidade vão participar da criação do Fórum Estadual de Crianças e Adolescentes (Foca) durante evento que será aberto às 08h desta segunda-feira (11.07) no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.
O evento, que tem a parceria da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), segue até a terça-feira (12) e deve reunir representantes do sistema socioeducativo, em situação de acolhimento, quilombola e com deficiência. Ao todo, haverá 54 representantes dos 16 polos do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca) no Estado.
Luiz Guilherme Pinheiro, de 13 anos, deficiente visual que toca oito instrumentos, participará da criação do Foca. Ele ficou conhecido nacionalmente ao participar do programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’, da Rede Globo.
Annelyse Cândido, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), destaca a importância da criação do Fórum para que Mato Grosso entre para a lista de estados brasileiros que tem crianças e adolescentes como protagonistas na construção das políticas públicas.
“Esse fórum vem com a intensão de inserir as crianças nesse processo de deliberação, compreensão do ECA, seus direitos e deveres de forma que multipliquem em seus municípios”, observa, lembrando que na área dos direitos humanos vale a máxima “não fale de mim sem mim”. “Por isso para construir essa política nós temos que dar ouvido e espaço para quem vai ser o beneficiário dessas ações, que são crianças e adolescentes”, completa.
No primeiro dia do evento, após a solenidade de abertura com a presença de autoridades e apresentação cultural, haverá visitas guiadas. As crianças e adolescentes que participarão do evento serão levados para conhecer órgãos como o Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual, o Palácio Paiaguás e Assembleia Legislativa de Mato Grosso. No segundo dia haverá oficinas e a construção do FOCA.
“Queremos que eles conheçam os espaços de construção dessa política, onde são construídas e propostas ações para a criança e do adolescente, ou onde seus direitos são defendidos. Às vezes eles não conhecem essa estrutura de organização”, afirma a presidente do Cedca, destacando ainda os momentos de palestras e dinâmicas, mais lúdicos e diferenciados por conta do público.
