Deputado defende plano de economia de energia em órgão público
O deputado destaque que a medida parece óbvia, mas nem sempre é praticada de forma correta, pois é comum luzes e equipamentos eletrônicos ligados depois do expediente e nos finais de semana.
Ele acrescenta que a administração pública deve ser a primeira a dar exemplo, e com isso, fomentar, incentivar e adotar tais políticas e ações.
“Qual a necessidade das repartições permanecerem 24 horas com suas lâmpadas acessas, fachadas iluminadas, aparelhos de ar condicionado, bebedouros e computadores ligados, entre outros?”, questiona o deputado.
Em sua justificativa, Mauro Savi reforça que o Brasil passa pela pior crise energética da história e que são assustadores os números do desperdício energético em todo país. Ele usa como referência o estudo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia.
Nos últimos seis anos o Brasil consumiu desnecessariamente cerca de 250 mil gigawatts-hora, o que equivale a quase três vezes a eletricidade gerada pela hidrelétrica de Itaipu no mesmo período.
“Sabemos da crise no abastecimento de água, por isso, precisamos buscar meios necessários para eliminar os focos de perdas, que devem ser buscados por todos, inclusive pelos órgãos e repartições públicas”, conclui.
Além do governador Pedro Taques, receberam cópia da indicação, as secretarias de Estado de Infraestrutura e Logística, Cidades e o gabinete de Projetos Estratégicos.
Consequências
Energia é um assunto muito importante no cenário político atual. Desde outubro de 2012, as termelétricas brasileiras trabalham a todo vapor. A explicação oficial é que isso tem sido necessário para cobrir o que as hidrelétricas, afetadas pela falta de chuvas, não dão conta de produzir, isso sem entrar no mérito do desperdício de energia que toda a população comete.
Toda essa energia poderia ser poupada caso as empresas, indústrias, órgãos públicos e as residências brasileiras eliminassem focos de perdas, como o uso de máquinas e eletrodomésticos pouco eficientes e milhões de lâmpadas acessas sem necessidade.
O custo do desperdício: mais de 62 bilhões de reais, aproximadamente o dobro do que está sendo investido na construção da usina de Belo Monte, no Pará. No total, 10% da eletricidade consumida desde 2008 poderia ter sido poupada.
Embora o setor industrial seja o maior consumidor, proporcionalmente são as residências, junto com órgãos públicos, os maiores responsáveis pela grande parte do desperdício, de acordo com a pesquisa, quase 15% da energia elétrica consumida nestes lugares foram desperdiçados.
Um décimo da energia consumida no Brasil poderia ser poupada caso medidas para aumentar a eficiência energética e diminuir o consumo, fossem adotadas.