Assembleia Legislativa propõe plebiscito para definir modal
Hoje as obras do VLT são alvo de críticas por parte de técnicos do Governo do Estado e entre os deputados que ameaçam com a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar se houve irregularidades ou não nas obras já executadas e que teriam apresentado uma série de problemas.
Mesmo não sendo unânime o pedido do parlamentar republicano, por já ter nove assinaturas foi acolhido pela Mesa Diretora e será encaminhado a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) para parecer quanto a sua constitucionalidade e legalidade e depois será apreciado pelo Plenário das Deliberações.
Caso aprovado, o presidente da Assembleia, Guilherme Maluf (PSDB) oficializa ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso que terá um prazo de 90 dias para a realização da consulta plebiscitária que abrangerá uma população estimada da ordem de 600 mil habitantes.
O deputado Pedro Satélite (PSD) alertou que a proposta é inócua, pois agora não se tem mais como retroceder em todas as obras e aquisições já realizadas, sejam em relação aos veículos, trilhos, as fibras óticas e equipamentos de informatização, além de parte das obras físicas.
O autor do requerimento - que contou com as assinaturas dos também deputados Mauro Savi (PR), Romoaldo Júnior (PMDB), Zeca Viana (PDT), José Domingos (PSD), Peri Taborelli e Wancley Carvalho, ambos do PV, Leonardo Albuquerque (PDT) e Dilmar Dal’Bosco (DEM) - ponderou que o único questionamento é se a população quer a manutenção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou opte pelo BRT (Bus Rapid Transit), ônibus de trânsito rápido com vias de acesso exclusivas.
“Minha intenção é trazer o maior interessado para a discussão e principalmente para deixar claro que podemos encontrar soluções, não apenas quanto às obras, mas também em relação à questão das planilhas de custo e como efetivamente vai funcionar o sistema de transporte público de massa”, disse Emanuel Pinheiro.
O parlamentar lembrou que um relatório feito pelo Governo do Estado por determinação do governador Pedro Taques (PDT) deixou claro que é oportuna a discussão para que o maior beneficiário, que é a população, participe e tenha a palavra final quanto ao sistema a ser colocado em prática.
“O Governo colocou que existem dúvidas de qual é a melhor opção para se resolver o problema do transporte coletivo de massa da maior região metropolitana de Mato Grosso”, frisou Emanuel Pinheiro, convicto de que é possível com responsabilidade encontrar o melhor caminho para a obra que já consumiu R$ 1 bilhão e que vem demandando mais recursos públicos que podem impactar no preço final das passagens a serem ofertadas a população usuária do transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande.