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MEIO AMBIENTE
Segunda - 02 de Março de 2015 às 10:14
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 Segundo o boletim do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), em janeiro de 2015, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 389 quilômetros quadrados. Em relação a janeiro de 2014 houve um aumento de 1.116%, quando a degradação florestal somou 32 quilômetros quadrados. O desmatamento ficou concentrado em Mato Grosso (75%) e Pará (20%), com menor ocorrência em Rondônia (2%), Amazonas (1%), Tocantins (1%) e Roraima (1%).

A secretária adjunta de Mudanças Climáticas da Sema, Elaine Corsini comentou o estudo divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Segundo ela, esse dado é um alerta que orienta os estados no planejamento das ações de fiscalização em campo. “Esses dados não podem ser comparados com as taxas anuais, divulgadas normalmente em novembro, e revistas em março do ano seguinte, pelo Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial”.

Para Elaine Corsini, existem considerações que devem ser levadas em conta na análise desses dados. Uma delas é a cobertura de nuvens. Em janeiro de 2014, 19% da área monitorada pelo SAD/Imazon estava coberta de nuvens o que representa uma área de 17 milhões de hectares. Já em janeiro deste ano, a cobertura de nuvens foi de 2% da área total correspondendo a 2 milhões de hectares.

“Isso representa uma redução de 87% de nuvens na área monitorada em janeiro de 2015, quando comparado com o mesmo mês de 2014. Essa quantidade de cobertura de nuvens fez com que janeiro deste ano tivesse 87% a mais de área monitorável, contribuindo diretamente para o aumento das estatísticas de alertas de desmate no período citado, uma vez que, quanto mais se “enxerga”, maior a probabilidade de aumento no número de alertas”.

A secretária adjunta destacou ainda a precisão das imagens. Enquanto a resolução do SAD/Imazon é de 250 metros, o Prodes/Inpe é de 30 metros. “A Sema utiliza esses dados para o planejamento de suas campanhas de fiscalização e outras ações, junto com os números da taxa de desmatamento, divulgados pelo Prodes/Inpe e as informações disponíveis no banco de dados do órgão. Dessa forma nossas ações são mais efetivas”, salientou.

Outra questão levantada pela secretária adjunta é o planejamento da logística dessas campanhas de fiscalização em razão das mudanças no padrão dos desmatamentos ao longo dos anos. Em 2004, existia um volume menor de grandes polígonos a serem fiscalizados. Hoje, existe um número maior de polígonos com pequenas áreas. “Isso nos traz uma dificuldade logística, e de acesso a essas áreas, além das dificuldades na localização dos proprietários”.

Redução do Desmatamento

As ações de combate ao desmatamento ilegal no Estado tem sido uma das prioridades da gestão ambiental nos últimos anos. Os dados mostram que em 2004, ano em que o Estado atingiu a sua maior taxa de desmatamento, a área desmatada chegou a 11.814 mil km2. No ano passado, a área desmatada, foi de 1.048 mil km2.

Se forem considerados os dados do Prodes, Mato Grosso reduziu 5.266.000 hectares de florestas desmatada em seu território, no período de 2006 a 2014. Essa redução representa 1.932.622.000 toneladas de CO2, volume maior que a redução de qualquer Estado da Amazônia para o período e segundo o IPAM, maior que a grande maioria dos países do Anexo I, do Protocolo de Kyoto.

“Mato Grosso está fazendo um grande esforço visando essa redução com a implementação de programas e ações como o Plano de Combate ao Desmatamento e Queimadas e o Sicar, com a maior área cadastrada do Brasil, aproximadamente 42 milhões de hectares”, destacou Elaine Corsini.         




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