A madeira identificada recebe um Certificado de Identificação de Madeira (CIM), emitido pelo Indea-MT, o que garante ao consumidor a confiança da origem
Grupo de Trabalho debate retorno da identificação da madeira
Esta primeira reunião foi realizada na Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). O presidente do Indea-MT, Guilherme Nolasco, afirmou que o Instituto tem “condições de atender o setor da base florestal com qualidade”. Segundo Nolasco, a autarquia está trabalhando na reativação do Posto de Identificação de Madeira e no planejamento de operações volantes. “A proposta inicial é realizar a atividade no posto do Distrito Industrial (BR-364), em Cuiabá, criar uma estrutura diferente, centralizada, que, posteriormente, poderá ser ampliada”.
A secretária da Sema, Ana Luiza Ávila Peterlini de Souza, disse que a Pasta dará todo o apoio ao Indea-MT por considerar a atividade importante para o setor madeireiro. “A identificação da madeira melhora o controle e promove a expansão do mercado. Em vez de fragilizarmos esse tipo de controle, ou mesmo eliminá-lo, precisamos discutir um novo modelo que atenda as demandas do setor e represente uma expansão desse mercado”.
A madeira identificada recebe um Certificado de Identificação de Madeira (CIM), emitido pelo Indea-MT, o que garante ao consumidor a confiança da origem. O diretor executivo do Cipem, Álvaro Leite, destacou que “a emissão de certificação pode ser um diferencial para os produtores do setor da base florestal do Estado”, e que o objetivo da reunião é estudar como o retorno da atividade de identificação acontecerá para efetivamente contribuir na cadeia produtiva.
Superintendente de Apoio à Infraestrutura Logística (Sedec), Alexandre Possebon apontou que a identificação da madeira é um importante instrumento para o setor. “Agrega valor ao produto com a emissão da certificação pelo Indea, o que pode propiciar um crescimento do setor. A secretaria vem para garantir um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico do Estado”.
Responsável pelo projeto que propunha a revogação da Lei Complementar n° 235, de 22 de dezembro de 2005, que obrigava a emissão de Certificado de Identificação da Madeira extraída no Estado, o deputado estadual Dilmar Dal’ Bosco disse ser favorável ao retorno da atividade. “O Indea é um dos setores mais importantes do Estado. É preciso estruturar o Instituto e dar condições para a realização do trabalho com qualidade”.
Integrantes do GT devem realizar uma nova reunião na próxima semana para fazer os levantamentos técnicos necessários ao cumprimento da LC Nº 235 de 22/12/2005, e para definir a metodologia da atividade de identificação de madeira em Mato Grosso.
Identificação de madeira – Para realizar a identificação de madeira o Indea-MT utiliza dois métodos, a macroscópica e a microscópica, e ainda tem o Laboratório de Tecnologia da Madeira (LTM), que conta com uma xiloteca com 1,5 mil amostras de madeiras e 400 espécies catalogadas, todas de Mato Grosso.
Um dos objetivos da identificação é proteger as espécies florestais com restrições legais, tais como as proibidas de corte, em vias de extinção, e de interesse científico.
Saiba mais sobre essa atividade na página do Indea-MT.