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CIDADE
Segunda - 02 de Fevereiro de 2015 às 14:45
Por: Redação TA c/ VGNews

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O futuro de uma das rodovias mais utilizadas pelos cuiabanos, a MT-251, que liga a Capital a Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) segue indefinido. A estrada que é uma das mais violentas do Estado conta com obras de duplicação suspensas pelo governo do Estado e processo de licitação indefinido. 

O projeto de duplicação da Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251) começou em 2009, porém até hoje menos de 11% da rodovia foi duplicada, ou seja 17 dos 148 km da via. 

Na última semana, um homem morreu e outras três pessoas ficaram feridas depois de um acidente envolvendo duas motocicletas e uma caminhonete, na rodovia. 

Devido ao grande fluxo de veículos e as péssimas condições da estrada, acidentes do tipo são muito comuns na via. Sinuosa e cheia de curvas, a rodovia também alvo da imprudência dos condutores, como no incidente do ultimo dia 31 de dezembro, quando três ciclistas foram atropelados. 

De acordo com a Associação Pró-Desenvolvimento de Chapada dos Guimarães, há muitos anos estrada é uma das mais perigosas do Estado. Segundo a associação, mais de 5 mil veículos passam pela via, que se encontra a condições precárias. 

No início do ano, o Governo do Estado suspendeu a execução do projeto executivo de implantação e pavimentação da MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães. A obra contemplava a segunda etapa de duplicação da rodovia. 

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra), o contrato firmado entre a empresa Ecoplan Ltda. será revisado pela equipe técnica do governo, para verificação de possíveis irregularidades. 

Conforme o secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo Duarte, a secretaria já apresentou ao governador Pedro Taques um plano de trabalho para retomada das obras, consideradas emergenciais. Contudo, a duplicação da rodovia não estaria no plano, que inicialmente contempla a recuperação das vias. 

Segundo a Sinfra, o governador estipulou um orçamento de R$ 60 milhões para a manutenção das rodovias e pontes estaduais. 

Antes mesmo da suspensão da duplicação, o projeto já estava ameaçado, isso porque, ao menos, 20 quilômetros da rodovia cruzam o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e esbarra em diversas questões ambientais. 

Uma alternativa era a criação de uma multivia refeita com a implantação de passagens subterrâneas para os animais, criação de acostamento e de terceiras faixas em alguns locais. 

Em agosto de 2013, o então governador Silval Barbosa assinou uma ordem de serviço para a duplicação de 3,6 quilômetros da MT-251, que deveria ter sido entregue até a Copa do Mundo de 2014, para fomentar o turismo na região. O local contaria com uma ciclovia e foi orçado em R$ 23,117 milhões, porém após quase oito meses do prazo, a obra se encontra paralisada, apenas a delimitação do trecho que seria duplicado. 

PEDÁGIO

Em 2014, o Governo anunciou a concessão da rodovia. A situação gerou grande polêmica, pois, o pedágio entre trecho entre Cuiabá, Chapada sairia por até R$ 24,60 durante a semana e R$ 32,60 aos finais de semana e feriados. Se o condutor morasse em Campo Verde e tivesse que se deslocar para a Capital teria um gasto de R$ 39,30, subindo para R$ 49,30 nos finais de semana. 

Na ocasião, por conta da pressão popular,o governo do Estado recuou e afirmou que não iria mais licitar a rodovia. A Assembleia Legislativa também se mobilizou e chegou a aprovar um projeto de lei que proibia pedágio em “Estradas Parque”, como é o caso da MT-251. Contudo, em junho de governador Silval Barbosa vetou o projeto, deixando aberto a possibilidade da via ser leiloada. 

A Sinfra informou que ainda não irá se manifestar sobre uma possível concessão da rodovia. 




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