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Tres sao detido pela Policia por grafitar a Trincheira Santa Rosa
Três pessoas foram detidas, na madrugada deste domingo (25), por policiais militares do 10º Batalhão por estarem grafitando uma das laterais da Trincheira Santa Rosa, localizada na Avenida Miguel Sutil.
Segundo relato feito por um dos envolvidos em sua página no Facebook, a jornalista Simone Ishizuka, ela e seus dois amigos, André Gorayeb e André Eduardo de Andrade, decidiram desenhar algo no local, após ver um post feito pela assessoria do Governo do Estado de Mato Grosso nas redes sociais, incentivando tal arte nas obras de mobilidade urbana recém-inauguradas.
Conforme a jornalista, a escolha em fazer o projeto durante a noite se deu para aproveitar o baixo fluxo de carros. Durante o processo, a viatura da PM chegou ao local e os agentes teriam ordenado ao trio para recolhesse o material, levando a todos para a delegacia.
Segundo o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), a PM foi acionada para atender uma denúncia de "pichação de patrimônio público".
Na Central de Flagrantes, foi lavrado um boletim de ocorrência e o grupo foi encaminhado para uma cela, onde permaneceu detido por poucos minutos.
Todo o processo na delegacia duro cerca de duas horas e o grupo foi liberado, sob a intimação de comparecerem em Juízo no dia 9 de fevereiro, quando receberão a pena pelo delito, que varia de doação de cestas básicas à prestação de serviços comunitários.
Apesar da liberação do trio, o material usado por eles para grafitarem foi apreendido.
Apoio do governo
A jornalista afirmou, em seu post, que baseou a intenção em um post feito pela página do Governo do Estado, na última quinta-feira (22), onde o trabalho de grafite feito por Andre Gorayeb, Scarlet Louyse e Jean Siqueira, na Trincheira Jurumirim, foi elogiado.
“Aos poucos, com o cuidado que faltava, o cinza vai ganhando novos traços e cores neste estado”, diz trecho da publicação.
"Tratados como bandidos"
Em seu post, a jornalista reclamou que o grupo foi tratado pela Polícia Militar, “como bandidos através de xingamentos, alto tom de voz e desdém”.
Ela afirmou, em seu relato, que os dois agentes retiraram seus nomes do peito, para não serem identificados, e teriam os chamado de “vândalos que não tem o que fazer” e de “noiados” (drogados).
“Com educação, explicamos que estávamos desenhando um grafite e logo mostramos, através do celular, que este tipo de arte era apoiada pelo governador do Estado, Pedro Taques. Eles simplesmente disseram, em alto tom de voz, que ‘não interessava’ o que o governo disse e que precisávamos de uma autorização especial da prefeitura da Capital para fazer qualquer tipo de grafite na obra”, disse Simone.
Na delegacia, segundo a jornalista, o grupo foi encarcerado “junto com homicidas, traficantes, entre outros criminosos de risco à sociedade”.
“No momento em que entrei, disse que sabia dos meus direitos e que não deveria estar lá, sendo que eu era a única mulher no espaço. Ele simplesmente disse que não podia fazer nada, pois eu estava ‘detida’”, relatou.
Outro lado
Por meio de nota, o Governo do Estado afirmou que "respeita as formas de manifestações artísticas" e que irá "abrir diálogo entre os grafiteiros e os órgãos de segurança" para regulamentar a arte urbana no Estado.
Conforme a nota, a PM foi acionada para atender uma denúncia de "pichação de patrimônio público" e o Estado vai analisar o caso.
Confira abaixo a íntegra da nota divulgada pelo Governo do Estado:
"O governo de Mato Grosso reconhece e respeita todas as formas de manifestações artísticas, bem como reitera a importância dos órgãos policiais para a promoção da segurança pública.
Hoje existe uma ampla discussão, não só no Brasil, a respeito dos limites das ações que envolvem a arte urbana. Por isso, o Governo irá abrir diálogo entre os grafiteiros e os órgãos de segurança, chamando também a Assembleia Legislativa, prefeitura e Câmara de Cuiabá para participarem deste debate. A intenção será buscar regulamentação da atuação dos artistas de rua.
Com relação ao ocorrido na madrugada deste domingo (25.01), quando grafiteiros foram detidos em Cuiabá, a Secretaria de Segurança Pública informa que a Polícia Militar foi acionada via Ciosp para atender denúncia de pichação de patrimônio público e que caso será analisado."
Segundo relato feito por um dos envolvidos em sua página no Facebook, a jornalista Simone Ishizuka, ela e seus dois amigos, André Gorayeb e André Eduardo de Andrade, decidiram desenhar algo no local, após ver um post feito pela assessoria do Governo do Estado de Mato Grosso nas redes sociais, incentivando tal arte nas obras de mobilidade urbana recém-inauguradas.
Conforme a jornalista, a escolha em fazer o projeto durante a noite se deu para aproveitar o baixo fluxo de carros. Durante o processo, a viatura da PM chegou ao local e os agentes teriam ordenado ao trio para recolhesse o material, levando a todos para a delegacia.
Segundo o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), a PM foi acionada para atender uma denúncia de "pichação de patrimônio público".
Na Central de Flagrantes, foi lavrado um boletim de ocorrência e o grupo foi encaminhado para uma cela, onde permaneceu detido por poucos minutos.
Todo o processo na delegacia duro cerca de duas horas e o grupo foi liberado, sob a intimação de comparecerem em Juízo no dia 9 de fevereiro, quando receberão a pena pelo delito, que varia de doação de cestas básicas à prestação de serviços comunitários.
Apesar da liberação do trio, o material usado por eles para grafitarem foi apreendido.
Apoio do governo
A jornalista afirmou, em seu post, que baseou a intenção em um post feito pela página do Governo do Estado, na última quinta-feira (22), onde o trabalho de grafite feito por Andre Gorayeb, Scarlet Louyse e Jean Siqueira, na Trincheira Jurumirim, foi elogiado.
“Aos poucos, com o cuidado que faltava, o cinza vai ganhando novos traços e cores neste estado”, diz trecho da publicação.
"Tratados como bandidos"
Em seu post, a jornalista reclamou que o grupo foi tratado pela Polícia Militar, “como bandidos através de xingamentos, alto tom de voz e desdém”.
Ela afirmou, em seu relato, que os dois agentes retiraram seus nomes do peito, para não serem identificados, e teriam os chamado de “vândalos que não tem o que fazer” e de “noiados” (drogados).
“Com educação, explicamos que estávamos desenhando um grafite e logo mostramos, através do celular, que este tipo de arte era apoiada pelo governador do Estado, Pedro Taques. Eles simplesmente disseram, em alto tom de voz, que ‘não interessava’ o que o governo disse e que precisávamos de uma autorização especial da prefeitura da Capital para fazer qualquer tipo de grafite na obra”, disse Simone.
Na delegacia, segundo a jornalista, o grupo foi encarcerado “junto com homicidas, traficantes, entre outros criminosos de risco à sociedade”.
“No momento em que entrei, disse que sabia dos meus direitos e que não deveria estar lá, sendo que eu era a única mulher no espaço. Ele simplesmente disse que não podia fazer nada, pois eu estava ‘detida’”, relatou.
Outro lado
Por meio de nota, o Governo do Estado afirmou que "respeita as formas de manifestações artísticas" e que irá "abrir diálogo entre os grafiteiros e os órgãos de segurança" para regulamentar a arte urbana no Estado.
Conforme a nota, a PM foi acionada para atender uma denúncia de "pichação de patrimônio público" e o Estado vai analisar o caso.
Confira abaixo a íntegra da nota divulgada pelo Governo do Estado:
"O governo de Mato Grosso reconhece e respeita todas as formas de manifestações artísticas, bem como reitera a importância dos órgãos policiais para a promoção da segurança pública.
Hoje existe uma ampla discussão, não só no Brasil, a respeito dos limites das ações que envolvem a arte urbana. Por isso, o Governo irá abrir diálogo entre os grafiteiros e os órgãos de segurança, chamando também a Assembleia Legislativa, prefeitura e Câmara de Cuiabá para participarem deste debate. A intenção será buscar regulamentação da atuação dos artistas de rua.
Com relação ao ocorrido na madrugada deste domingo (25.01), quando grafiteiros foram detidos em Cuiabá, a Secretaria de Segurança Pública informa que a Polícia Militar foi acionada via Ciosp para atender denúncia de pichação de patrimônio público e que caso será analisado."
URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/10267/visualizar/
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