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Sexta - 28 de Março de 2014 às 06:34
Por: Neusa Baptista

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Um grupo de aproximadamente 100 atletas que utiliza as pistas de atletismo de Cuiabá para se preparar para as competições fora e dentro da Capital ao longo do ano está revoltado com a falta de espaço para treinamentos.

Eles observam que as três pistas disponíveis para o treinamento na cidade – a da UFMT; a do 44º Batalhão do Exército, na avenida do CPA; e a do bairro Dom Aquino – estão fechadas, o que obriga os atletas a treinarem na rua. Esta situação prejudica o preparo físico, pois aumenta o risco de lesões devido ao piso inadequado, além de colocar em risco a saúde e a segurança.

A pista da UFMT está fechada há cerca de um ano, devido às obras do Centro Oficial de Treinamento (COT); a do 44º Batalhão foi fechada pela corporação há algumas semanas, sob a alegação de que seria destinada a uso interno; já a pista do bairro Dom Aquino está fechada sob o argumento de que estaria passando por reformas.

Os atletas reclamam que estão sendo prejudicados em sua preparação para a Corrida Senhor Bom Jesus de Cuiabá, que acontece no dia 6 de abril.

Josué Ferreira, um destes atletas, compara a situação de Cuiabá com a de outras cidades, como São Paulo e a outros países, como é o caso do Quênia (que costumeiramente leva a maioria das medalhas nas competições ao redor do mundo), onde há pistas e locais específicos para a preparação dos atletas. “Aqui não somos valorizados. A Prefeitura, Governo, e instituições privadas sempre promovem corridas, mas não há condições para os atletas locais se prepararem. Ficamos em desvantagem”.

O paranaense José do Nascimento, que está na cidade para se preparar para a Corrida Senhor Bom Jesus de Cuiabá, diz estar se arriscando ao correr pelas ruas para realizar seu treinamento. “É impossível fazer um treinamento de alto nível desse jeito. O correto era ter uma pista exclusiva para isso aberta pelo menos três vezes por semana”.

Ele lembra que a situação está prejudicando até mesmo grandes nomes do atletismo mato-grossense, como é o caso da corredora Nadir Sabino, e do atleta Fernando Trindade, ambos usuários destas pistas. 




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