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PARALISAÇÃO
Segunda - 01 de Julho de 2013 às 10:58
Por: Neusa Baptista

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Foto: Arquivo
A reunião acontece na sede do Sinduscon-MT.
A reunião acontece na sede do Sinduscon-MT.

Os sindicatos da construção civil de Mato Grosso e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (FETIEMT) voltam a se reunir com o sindicato patronal (Sinduscon-MT) às 7h30 desta terça (2).   Caso não haja avanço na negociação, não está descartada a possibilidade de paralisação da categoria, inclusive na Arena Pantanal. A reunião acontece na sede do Sinduscon-MT.

No último dia 11 de junho, os empresários propuseram 7% de reajuste, o que foi rejeitado pelo sindicato laboral. Pela proposta patronal, o piso dos serventes e ajudantes passaria de R$ 743,60 para R$ 797,14 e o dos profissionais, de R$ 1.003,20 para R$ 1.073,65.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM),com os descontos dos encargos sociais previstos em lei, os profissionais levarão para casa apenas R$ 891,82 e os serventes e ajudantes, R$ 656,78. “Isso se ele não tiver falta durante o mês. O caso dos serventes é ainda pior, pois eles não têm ganho por produção, ou seja, receberão apenas o piso. Não aceitaremos isso”, comentou Joaquim Santana, presidente do SINTRAICCCM. A entidade representa cerca de 30 mil operários.

Os sindicatos têm mobilizado os trabalhadores desde o último dia 17, realizando panfletagem informativa nos canteiros de obras. Segundo as entidades, a categoria se mostrou disposta a paralisar imediatamente, porém foi orientada a aguardar uma nova reunião com o Sinduscon-MT.

Os trabalhadores pedem reajuste de, no mínimo, 17%, pelo qual o maior piso passaria de R$ 1.003,20 para R$ 1.173,74 e o menor piso de R$ 743,60 para R$ 870,00. A negociação conta com o apoio da FETIEMT, e é feita com todos os sindicatos da construção e do mobiliário filiados à federação, tal como tem acontecido nos últimos anos.

O movimento reivindica outros benefícios, como cesta básica; aumento do percentual pago pela hora extra; redução do valor descontado no salário referente à alimentação, que hoje é de 10%, passando a ser um valor simbólico, e plano de saúde.

De acordo com as entidades, o piso salarial em Mato Grosso está defasado em 50% se comparado a Estados como o Rio de Janeiro, onde o valor é de R$ 1.540,00.






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