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ECONOMIA
Segunda - 01 de Abril de 2013 às 15:13
Por: Do G1, em São Paulo

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Foto: Reprodução / EPTV
Redução de IPI é mantida
Redução de IPI é mantida
A Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave) registrou 268.359 unidades de automóveis e comerciais leves emplacadas em março, último mês previsto com isenção de Imposto sobre Produto Industralizado (IPI). O número significa queda de 5,5% sobre março de 2012, mas alta de 20,5% em relação a fevereiro deste ano. “Em março de 2012, tivemos 284.079 automóveis e comerciais leves emplacados”, destacou ao G1 o presidente da entidade, Flávio Meneghetti.

Os números do setor serão divulgados oficialmente pela Fenabrave no final da tarde desta segunda-feira (1º), mas o presidente da entidade adiantou o dado ao G1 ao destacar a importância da decisão tomada pelo governo de prorrogar o benefício do desconto no imposto.

Na análise de Meneghetti, se os preços voltassem ao “patamar normal” com o IPI “cheio”, o mercado não seria do mesmo tamanho."O governo está sensível à situação do setor, que representa 24% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial”, afirma o empresário. Meneghetti explica que o mês de janeiro só foi recorde porque ainda havia produtos de 2012 em estoque e foram ofertados com preços de dezembro. Passado fevereiro e março, as vendas foram decepcionantes e os estoques aumentaram. “Quando aumenta o estoque, pisca o sinal amarelo”, ressalta.

De acordo com Flávio Meneghetti, os consumidores estão muito sensíveis a aumentos de preço, por isso, se o IPI voltasse ao normal, não estariam dispostos a comprar um carro novo.
Apesar do desconto do imposto prorrogado, a Fenabrave não muda as previsões e continua a considerar um mercado 3% maior em relação ao ano passado, incluindo caminhões, comerciais leves, automóveis e ônibus.

Anúncio do governo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou neste sábado (30), em entrevista ao Jornal Nacional (assista ao lado) que o governo desistiu de elevar novamente a alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis que aconteceria a partir de abril.

Com isso, as alíquotas do IPI para os carros permanecem no atual patamar até o fim deste ano. Mesmo com essa decisão, o tributo ainda seguirá em um patamar acima do estava sendo cobrado no fim de 2012.

A medida, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem por objetivo "não haver risco de que houvesse uma queda nas vendas ao longo do ano". "A indústria automobilística é muito importante para a economia brasileira. Ela representa 25% da produção industrial. Então, para manter a produção industrial crescendo, é importante que a indústria automobilística continue crescendo", afirmou.

Alíquotas do IPI
Para carros populares (até 1.0), por exemplo, a alíquota que valeu entre janeiro e o fim do mês de março deste ano foi de 2% - e assim permanecerá até o final de 2013. No fim do ano passado, entretanto, o IPI de carros populares estava em zero. Ainda assim, o IPI está menor do que a alíquota considerada "normal" pelo governo para esta categoria de veículos, que é de 7%. Sem a decisão do governo, o IPI de carros populares subiria para 3,5% de abril a junho e a alíquota de 7% seria retomada a partir de julho.

Para carros com motores de 1.0 a 2.0 (flex), a aliquota permanecerá, portanto, em 7% até o fim deste ano - patamar que vigora atualmente. No fim do ano passado, o IPI destes carros estava em 5,5%. Se a decisão de prorrogar a atual alíquota não fosse tomada pelo governo, o IPI, nestes casos, subiria para 9% entre abril e junho e avançaria para a alíquota considerada "normal" de 11% a partir de julho deste ano.

Para carros a gasolina, 1.0 a 2.0, a alíquota permanecerá no atual patamar de 8% até o fim deste ano. Sem a decisão de prorrogar a atual alíquota, ela subiria para 10% entre abril e junho e para 13%, nível considerado "normal", a partir de julho deste ano. No fim de 2012, o IPI destes veículos estava em 6,5%.

Para utilitários, a alíquota do IPI permanecerá no atual patamar de 2% até o fim deste ano. Sem a prorrogação, o IPI subiria para 3% de abril a junho e para o patamar considerado "normal" de 8% a partir de julho deste ano. Para veículos acima de 2.000 cilindradas, a alíquota permanece inalterada em 25% para os veículos a gasolina e em 18% para os carros flex, informou o Ministério da Fazenda.





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