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SISTEMA PRISIONAL
Quinta - 28 de Março de 2013 às 19:17
Por: Gazeta Digital

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Chico Ferreira
Greve por tempo indeterminada foi aprovada em assembleia da categoria
Greve por tempo indeterminada foi aprovada em assembleia da categoria

Está confirmada greve dos agentes prisionais de Mato Grosso por tempo indeterminado a partir da próxima semana. Na segunda-feira (1º) a categoria vai protocolar junto as autoridades da cúpula de Segurança Pública, o informe sobre a greve. Após 72 horas desde a oficialização, prazo legal previsto em lei que trata de greve, vão cruzar os braços na quinta-feira (04). Atualmente, são 2,2 mil servidores que integram o sistema prisional divididos em agentes penitenciários, assistentes e profissionais de saúde de nível superior, entre médicos, psicólogos, dentistas e outros. A greve, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindesspen), João Batista Pereira de Souza, atinge as 65 unidades prisionais existentes em Mato Grosso.

A decisão de cruzar os braços, referendada em assembleia da categoria nesta quinta-feira (27), segundo o sindicalista foi tomada após o governo de Mato Grosso ter descumprido as ações firmadas em 2012 com a categoria. Na pauta de reivindicação estão reajuste de salários, convocação de servidores já classificados em concurso público, adicional de insalubridade e outras melhorias. “No ano passado damos um voto de confiança ao governo e nada resolveu. Na prática, as ações que foram prometidas não saíram do papel e dessa vez decidimos que não haverá mais voto de confiança”, enfatiza João Batista.

O sindicalista ressalta, porém, que mesmo em greve, as atividades essenciais e emergencias serão cumpridas normalmente, pois os 30% de servidores continuaram trabalhando como manda a lei que dispõe sobre greves. Mesmo respeitando o percentual de trabalhos a serem mantidos, o sindicalista explica que nas unidades com menor efetivo onde apenas 30% dos servidores não for suficiente para manter os serviços essenciais, será mantido um maior percentual de funcionários trabalhando. “Talvez em algumas unidades precisaremos manter os 100% do quadro de servidores funcionando, mas neste caso as atividades do profissionais da área médica não serão desempenhadas”, pontua Souza.

De acordo com o presidente do Sindesspen, a paralisação é a única forma de os trabalhadores reivindicarem melhorias nos locais de trabalho, para garantir maior segurança aos agentes prisionais e assegurar direitos trabalhistas. “Apresentamos uma proposta ao governo que não foi aceita e também não foi nos apresentada qualquer contraproposta. o governo do Estado simplesmente nos ignorou, por isso a greve seguirá por tempo indeterminado até nossa pauta de reivindicação ser atendida”, garante o sindicalista.

Sobre a necessidade de aumento do efetivo, o sindicalista pontua que existe hoje, cerca de 600 pessoas classificadas em concurso esperando a convocação. Mas na prática, nada foi decidido pela governo e não existe prazo para isso. “No momento acreditamos que a convocação de pelo menos 400 servidores já dá uma aliviada no sistema”, informa João Batista. Segundo ele, a expectativa era de que no ano passado os valores tivessem aumento de 20%, passando para 25% este ano e em 2014 a elevação salarial alcançasse os 30%, o que não aconteceu. Atualmente, os profissionais que atuam no sistema prisional ganham salário inicia de R$ 1.881,65, e tem como teto um valor de R$ 6,3 mil. Em 2012, os agentes prisionais de Mato Grosso realizaram greve de apenas 1 dia.





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