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PARALISAÇÃO
Quinta - 14 de Fevereiro de 2013 às 12:03
Por: Neusa Baptista

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O clima era de insatisfação na obra.
O clima era de insatisfação na obra.

Ficou para esta sexta-feira (15) a decisão final sobre a continuidade da greve dos operários que atuam na obra de ampliação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), no bairro Bandeirantes.

Em reunião na manhã desta quinta (14) entre os 40 grevistas, o proprietário da construtora Nalon, Antônio Lisboa, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, que representa a categoria, ficou definido que os trabalhadores terão reuniões individuais com o empresário, à partir das 16 h, depois do que definirão sobre sua situação na empresa.

Os trabalhadores estão em greve desde segunda (11) devido à falta de pagamento. Segundo a empresa, a principal causa dos atrasos se deve ao fato de o Sintep-MT não estar pagando. Por sua vez, o Sintep-MT alega atrasos no repasse feito pelo Governo do Estado à entidade.

De acordo com Lisboa, atrasos deste tipo são comuns, mas sempre duraram períodos mais curtos. Ele garantiu que o Sintep-MT tem honrado com os pagamentos. Porém, desta vez o atraso já dura meses, o que dificultou que a empresa tivesse fluxo de caixa para quitar os salários. “O Sintep-MT tem sido correto nos pagamentos, embora ao longo do ano haja pequenos atrasos, que a gente conseguia cobrir com outras fontes de renda que hoje não existem mais”,comentou o empresário, informando que quitará os salários o mais rápido possível.

O empresário informou ainda que se reunirá ainda nesta quinta com a diretoria do Sintep-MT e a entidade promete tratar do tema no mesmo dia com o Governo do Estado.

Na manhã desta quinta, o clima era de insatisfação na obra. Além de trabalhadores locais, a situação também envolve operários de outros Estados, como é o caso do ajudante de pedreiro Antônio Jailton de Castro, natural do Maranhão. Ele confirmou que este é a primeira vez que há atraso, mas que a falta de dinheiro já está prejudicando sua família – esposa e seis filhos – que ficaram no Maranhão. “Nem passe de ônibus eu tenho para trabalhar e meu aluguel está atrasado”, reclama ele.

O servente de pedreiro Lucas Cardoso Fagundes, que trabalha na obra há 5 meses, espera pelo recebimento do acerto referente à rescisão de contrato, já que cumpriu aviso prévio. “Se eu e minha esposa morássemos sozinhos, estaríamos passando fome. Mas contamos com a ajuda de minha mãe”, diz ele, cuja esposa está grávida de 8 meses.

Já o pedreiro Edson Almeida, que também está há 5 meses na empresa, definiu que deixará a obra em busca de outro emprego. “Somos 7 irmãos e o meu salário é o maior, o que ajuda mais nas despesas de casa. Só quero regularizar minha situação na empresa para seguir em frente”.

Procurado para falar sobre o assunto, o diretor financeiro do Sintep-MT, Orlando Francisco, preferiu não se pronunciar, justificando que a ação se referia ao SINTRAICCCM e à empresa. Segundo ele, o Sintep-MT poderá se pronunciar em outro momento, caso seja oportuno.





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