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EMPREGO
Quinta - 10 de Janeiro de 2013 às 15:01
Por: Neusa Baptista

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"A expansão da construção civil em Cuiabá mudará o perfil do mercado local", disse presidente do SINTRAICCCM

A nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) toma posse neste domingo (13) para o triênio 2013-2015. A cerimônia será às 10 h na sede do sindicato, com a presença do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Contricom), Francisco Chagas, e autoridades da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), da Superintendência de Trabalho e Emprego (SRTE), do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e do Sindicato das Empresas da Construção Civil (Sinduscon-MT), entre outras.

O número recorde de geração de empregos será puxado principalmente pelas obras da Copa do Mundo, que absorverão no mínimo 2 mil trabalhadores. As obras precisam ser finalizadas até o fim do ano, com exceção do VLT, com entrega prevista para março de 2014.

A grande demanda por trabalhadores para as obras do mundial levou a um fator positivo para a categoria. Um acordo entre a Secretaria Especial da Copa do Mundo (Secopa-MT) e o sindicatos de trabalhadores da construção civil e da construção pesada, empresários e SRTE-MT prevê oferecer benefícios diferenciados aos empregados das obras.

Segundo o presidente do SINTRAICCCM, Joaquim Santana, a expansão da construção civil em Cuiabá mudará o perfil do mercado local, embora seu impacto não tenha sido tão grande quanto parece. “Houve valorização dos trabalhadores, mas muitos não têm acesso a isso por falta de qualificação”, explica.

Aumento dos custos

Em 2012, o setor da construção civil cresceu 4% em todo o País, incremento menor que nos anos anteriores. Santana contesta a tese de que esta queda se deve à elevação dos custos com mão-de-obra, como aponta o empresariado.

Em Mato Grosso, o crescimento do setor foi sempre ascendente nos anos citados e nos últimos três anos, o piso salarial da categoria teve um reajuste de quase 50%, respectivamente 17% em 2010, 16% em 2011 e 12,3% em 2012, com ganho real de mais de 20% no período.

Embora sejam índices positivos, o sindicalista pondera que grande parte da renda do trabalhador vem do percentual sobre a produção, valor pago além do piso, que é variável e determinado pelas empresas. “Houve um conjunto de fatores que onerou os custos da construção, mas a mão-de-obra não é responsável pelo aumento, pois a negociação é feita sobre os pisos e não sobre a produção, que fica a cargo das empresas e é mais comum nas grandes. Algumas pagam pouco e outras nem pagam. Houve avanços, mas ainda estamos longe do patamar desejado”.

Embora o sindicato espere queda na geração de empregos após as obras para a Copa, há confiança quanto à continuidade do investimento do Governo Federal no setor.

Até outubro do ano passado, o setor da construção civil cresceu 6,57% em geração de emprego todo o país, mas dos 3,415 milhões, apenas 859 mil foram com carteira assinada.

Além da posse da diretoria, haverá também almoço comemorativo, na sede social da entidade.





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