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CIDADE
Quinta - 27 de Dezembro de 2012 às 23:29
Por: Luiz Perlato

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Apesar dos protestos da maioria dos moradores que compareceram ao local da audiência, o evento foi levado adiante
Apesar dos protestos da maioria dos moradores que compareceram ao local da audiência, o evento foi levado adiante
Um impasse com a Prefeitura de Cuiabá tirou o sossego dos moradores do bairro Morada do Ouro. Eles tiveram que interromper as festas de final de ano para tentar adiar a realização de uma audiência pública para a construção de uma escola particular num espaço originalmente destinado ao verde, onde deveria ter sido edificada uma praça.

Em pleno período festivo, portanto com a maior parte dos moradores dispersos ou ausentes da cidade em função das comemorações do natal e ano novo, foi realizada nesta quinta-feira (27) a audiência pública para apresentar e discutir o Estudo e o Relatório de Impacto de Vizinhança (EIV/RIV) do projeto de construção da instituição educacional.

Apesar dos protestos da maioria dos moradores que compareceram ao local da audiência, o evento foi levado adiante, num dos últimos atos da atual gestão municipal, favorecendo a empresária Adriana Zaque, esposa do promotor do MPE, Mauro Zaque.

Os moradores protestam diante da insistência das autoridades municipais e dos proprietários do imóvel em levar o projeto adiante a despeito das ponderações da comunidade local que considera o empreendimento bem-vindo no bairro, mas não naquela área em questão. Além disso, os moradores queriam que a audiência pública fosse feita em outra época, e não agora, quando a maioria da população está de recesso.

A Associação de Moradores da Morada do Ouro (AMMO) solicitou, sem sucesso, o adiamento da audiência pública. Alega não ter sido comunicada oficialmente da realização do evento, vindo a tomar conhecimento casualmente, o que gerou “veementes protestos”, conforme o ofício dirigido ao secretário Márcio Alves Puga. A AMMO também contesta a impropriedade e inadequação da data marcada para a audiência, coincidente com o período das festas natalinas e Réveillon, quando parcela significativa da comunidade encontra-se em recesso de suas atividades.

A área em questão é uma das cinco áreas cuja retomada vem consumindo um esforço exaustivo da Associação, em razão de que são espaços comercializados indevidamente pela antiga cooperativa, quando deveriam servir ao uso dos moradores, através de praças, áreas de lazer e parques.

PROTESTO

Como a Secretaria de Desenvolvimento Urbano não atendeu ao pedido de adiamento da audiência pública e manteve sua realização na manhã desta quinta-feira, no auditório da maçonaria situado na avenida Djalma Ferreira de Souza, nº 110, bairro Morada do Ouro, os moradores deram início a um protesto na praça central do bairro, em nome da lisura e da imparcialidade que devem permear todos os atos dos administradores da coisa pública.

Expondo faixas onde reclamam a retomada da área para a construção de uma praça, eles estão se revezando num plantão que deverá ter continuidade até que se resolva o impasse.




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