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PARALISAÇÃO
Terça - 12 de Junho de 2012 às 10:17
Por: Neusa Baptista

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Presidente do sindicato, Jacil Benedito Ambrósio, explica que estão acampados em frente à usina cerca de 80 operários.
Presidente do sindicato, Jacil Benedito Ambrósio, explica que estão acampados em frente à usina cerca de 80 operários.

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Fabricação de Álcool (Sintialcool) ainda se encontram na frente da usina Itamarati, em Nova Olímpia, interior de Mato Grosso, onde deflagraram greve na segunda (11). Ao todo, 680 trabalhadores estão lotados na área de produção da empresa, que no momento está quase totalmente paralisada.

O presidente do sindicato, Jacil Benedito Ambrósio, explica que estão acampados em frente à usina cerca de 80 operários do turno da noite, que entraram à meia noite e saíram às 8 h. Parte destes trabalhadores está sendo mantida nos postos de trabalho sob pressão pela empresa, a fim de manter a produção. “Estamos preocupados com a possibilidade de aumento nos acidentes de trabalho, pois os operários se encontram há muitas horas sem dormir. Eles estão sofrendo pressão para não deixar a fábrica, inclusive com ameaça de perda de emprego”, comentou ele.

A empresa produz diariamente de 1.500 metros cúbicos de etanol e duas mil toneladas de açúcar.

Os trabalhadores permanecerão na frente da empresa e mobilizarão os trabalhadores do turno da tarde, que entram às 16 h., e do noturno, cujo expediente começa à meia noite. Até o momento, a empresa não se manifestou sobre a greve.

Já houve sete reuniões de negociação entre patrões e empregados. No início, os trabalhadores reivindicavam 15% mais 3% de reajuste salarial e a empresa ofereceu 6% para quem tem faixa salarial de até R$ 2.500 e 5.5% para quem ganha acima disso. A proposta foi rejeitada pelos trabalhadores, que baixaram para 8% o pedido de reajuste salarial para todas as faixas salariais.

Na última sexta (8), as partes voltaram a se reunir com a mediação da auditora fiscal do Trabalho Marilete Mulinari Girardi, que sugeriu reajuste de 7% sobre os salários, proposta que foi aceita pelos trabalhadores, mas não pelo patronato.

Em assembleia na manhã desta segunda (11), os trabalhadores se decidiram pela greve. A mobilização conta com o apoio da Federação dos Trabalhadores na Indústria de Mato Grosso (FETIEMT), à qual o sindicato é filiado.





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