Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do setor Patronal dão andamento a negociação coletiva
Os sindicatos de trabalhadores e das empresas do setor da construção civil deram continuidade na manhã desta terça (29) a negociação coletiva de trabalho 2012-2013. Com data-base em maio, a categoria reuniu em Cuiabá o sindicato local e os do interior para fortalecer as negociações com o setor patronal.
A negociação começou na segunda (28), quando o Sindicato Patronal (Sinduscon-MT) ofereceu 6% de reajuste para os trabalhadores do setor administrativo, que recebem acima do piso, e 7% para os operários, proposta que foi rejeitada.
Nesta terça os empresários aceitaram a proposta feita pelos trabalhadores de reajuste de 12,3% para quem recebe abaixo do piso salarial e propuseram 8% de reajuste para quem ganha acima deste valor. Eles também propuseram faixas diferenciadas de reajustes para as diferentes funções:
Também ficou definido que as cerca de 2.800 construtoras de Cuiabá e Várzea Grande serão obrigadas a oferecer café da manhã aos seus empregados. A regra vale para empresas com mais de 75 empregados.
Os sindicatos concordaram em manter em 10% o percentual de desconto referente à alimentação no salário do trabalhador; e que as empresas que não tiverem condições de cumprir o acordo devem oferecer cestas básicas de valor proporcional ao desconto.
Durante a reunião, também foi discutida a necessidade de criar procedimentos e regras para a contratação de trabalhadores de fora do Estado, coibindo contratações irregulares.
A partir desta negociação, as empresas só poderão mudar o horário de trabalho mais de uma vez com autorização do sindicato laboral.
Os trabalhadores também cobraram mais tempo para as reuniões do sindicato com a base, que hoje é de apenas 40 minutos, tempo insuficiente, segundo a entidade. Eles voltaram a tratar da dificuldade em ter acesso dos sindicatos aos canteiros de obras, ainda que as visitas sejam respaldadas pela legislação. O presidente do Sinduscon-MT, Cezário Neto, garantiu que vai encaminhar a demanda à diretoria da Votorantim Cimentos, uma das empresas onde há dificuldades.
As propostas serão discutidas em assembleias nas bases. Participam da negociação, sindicatos e trabalhadores da construção civil e do mobiliário do Vale do Arinos, da região Norte, da região Sul, de São José do Rio Claro, de Cáceres e da construção civil de Cuiabá e Baixada Cuiabana.