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EDUCAÇÃO
Terça - 05 de Abril de 2016 às 16:20
Por: Da Redação TA c/Assessoria

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 Uma parceria entre Ministério Público Estadua, Juizado Volante Ambiental, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) promoveu a instalação de uma cisterna em vinil para captação de água da chuva na Escola Estadual do Campo Pontal do Glória, na região pantaneira de Santo Antônio de Leverger. Com isso, a escola será convidada pela Gerência de Educação Ambiental (Geea) da Seduc a repensar seu Projeto Político Pedagógico, passando a incluir as temáticas socioambientais em seu currículo escolar.

De acordo com a técnica da Geea, Marlene Pereira, uma equipe da Seduc fará o assessoramento pedagógico, que inclui visitas às escolas, orientações aos professores sobre como trabalhar temas transversais consistentes, visando a construção de uma consciência ambiental. “Precisamos colocar em pauta discussões sobre a sustentabilidade e as políticas públicas de educação ambiental nas escolas. Esses valores devem entrar definitivamente na pauta da estrutura curricular”, ressalta.

Para a professora de Língua Portuguesa da unidade, Cleide Guimarães, a ideia também é trabalhar interdisciplinarmente as questões da qualidade de vida, da criação de renda e da permanência dos jovens no campo. “Queremos mostrar que vida no campo tem boas oportunidades. Que os jovens podem permanecer ajudando na propriedade da família e ainda conseguir aplicar os conhecimentos adquiridos na escola”, avalia.

A unidade escolar atende cerca de 130 estudantes, nos Ensinos Fundamental e Médio, e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O projeto

Na região vivem cerca de 220 famílias de três assentamentos, que contam com duas escolas de campo que atendem cerca de 260 estudantes. A comunidade sofre com a falta d’água, já que o período de estiagem dura ao menos seis meses e a precipitação média na região é de 1.267mm.

De acordo com o diretor da escola, Edésio Bezerra, as tentativas tradicionais com poços artesianos e captação de água colhida por gravidade não resolveram. “Entre os problemas nesse modelo estão as dificuldades de manutenção das bombas/adutoras e os altos custos de energia”, afirma o gestor.

O sistema de captação e armazenamento de águas pluviais é feito na cisterna de vinil, com capacidade para armazenar 100 mil litros de água das chuvas. A água será utilizada na limpeza e na irrigação do pomar e da horta, que auxiliam na alimentação escolar dos alunos. A estimativa é de que esse volume seja o suficiente para o consumo da escola durante cinco a seis meses. “O mais importante é criar o hábito dos estudantes, e por consequência das famílias, a utilizarem água das chuvas, que podem ser armazenadas e usadas para vários fins”, destaca Bezerra.

Ao todo o MPE e Juvam investiram cerca de R$ 28 mil. O projeto teve início em dezembro do ano passado e a obra foi finalizada em março. A expectativa é de que o projeto também chegue a outras escolas que têm problemas de acesso à água

O Programa Piloto de Cisternas para captação e armazenagem de águas pluviais para consumo humano, implantado pelo engenheiro agrônomo Samir Curi, vem sendo desenvolvido desde 2009 em Mato Grosso. 





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