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PECUÁRIA
Segunda - 31 de Outubro de 2016 às 09:51
Por: Redação TA c/ Gcom-MT

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Foto: Júnior Silgueiro/Gcom-MT

A segunda etapa de vacinação contra febre aftosa começa na próxima terça-feira (01.11) e segue até o dia 30 de novembro. A campanha foi aberta oficialmente nesta sexta-feira (28.10), na Fazenda 3 Irmãos, em Cuiabá. Em Mato Grosso devem ser vacinados aproximadamente 29,3 milhões de animais. Nesta etapa é obrigatória a imunização de todo o rebanho bovino e bubalino, de mamando a caducando.

A venda da vacina contra aftosa foi liberada em todas as revendas do estado a partir de sexta-feira (28.10) em virtude do feriado do Dia do Servidor Público transferido para segunda-feira (31.10).

Mato Grosso é detentor do maior rebanho bovino do país e comemora este ano, 20 anos do reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa com vacinação, e segundo o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), Guilherme Nolasco, o estado é referência para o país.

“Mato Grosso dá exemplo para o todo o país e para o mundo, que neste ano completou a marca de 20 anos livre de febre aftosa, resultado da conscientização e do trabalho dos pecuaristas, que há anos acreditam no serviço oficial de defesa sanitária animal do estado, trabalho este, que resultou na abertura de mercados para a carne de Mato Grosso, que hoje é vendida para mais de 100 países”.

Metas de imunização

O presidente do Indea lembrou ainda da meta de erradicação da febre aftosa até 2020, dentro do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa), que envolve a participação de todos os países da América do Sul. “Ao mesmo tempo em que comemoramos os 20 anos livre de febre aftosa, lançamos novos desafios, como a retirada da vacinação, e sermos reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, um projeto que será posto em discussão com o setor produtivo e sociedade”, destacou Nolasco.

Nolasco ressaltou ainda, que Mato Grosso, conforme o último estudo de sorologia, realizado em 2014, em animais de propriedades em municípios de fronteira e não-fronteira, apresentou um excelente nível de imunidade do rebanho, com valores acima de 90% de cobertura vacinal, o que indica que a vacinação está sendo efetivamente executada pelos produtores rurais, ratificando as altas taxas de vacinação, superiores à 99% nas últimas etapas.

O secretário adjunto de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), Alexandre Possebon, destacou que Mato Grosso é modelo de parceria entre Governo, entidades e produtores. “A sanidade animal no estado é referência de um bom trabalho realizado de forma conjunta entre o Governo do Estado por meio do Indea e produtores, o que nos possibilita a abertura de novos mercados. Temos que promover o desenvolvimento econômico do estado, e nesse sentido criamos o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) para padronizarmos a carcaça, trabalhando em conjunto com frigoríficos e produtores. Um trabalho que visa estabelecer a marca da carne de Mato Grosso e agregar valor à nossa produção”, pontuou Possebon.

O presidente do Fundo de Apoio à Bovinocultura de Corte (Fabov), Jorge Pires de Miranda, falou dos resultados das últimas campanhas que vem mantendo um crescimento. “A vacinação de febre aftosa é um dos eventos mais importantes que nós temos porque é o meio de mantermos o status sanitário e que nos dá condições de alcançar mercados consumidores da carne produzida em Mato Grosso. É importante ressaltar que os índices vêm aumentando a cada etapa, mas também é importante lembrar, a confiança que o setor produtivo tem no comando do Governo do Estado e do Indea. Os produtores têm investido em tecnologias que vem melhorando nossa produtividade, e o Imac vem para trazer ganho econômico para o nosso segmento”.

O lançamento da campanha contou também com a presença do consultor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Amado de Oliveira, e do gerente executivo do Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa-MT), Juliano Latorraca Ponce.

Comunicação

A imunização do rebanho deverá ser comunicada até 12 de dezembro nos escritórios locais do Indea. A única exceção é para as propriedades localizadas no baixo Pantanal, que tem até 15 de dezembro para fazer a comunicação. Em alguns municípios o Indea enviará técnicos aos assentamentos para facilitar a coleta da comunicação.

A multa para quem deixar de vacinar o rebanho dentro do período da campanha é de 2,25 em UPF (Unidade Padrão de Fiscal) por cabeça de gado não vacinado. O produtor que atrasar a comunicação fica impossibilitado de emitir Guia de Trânsito Animal (GTA) por um período mínimo de 30 dias.





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