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EDUCAÇÃO
Segunda - 07 de Novembro de 2016 às 11:52
Por: Redação TA c/ Gcom-MT

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Foto: Seduc-MT

A comunidade do Grande Pedra 90, em Cuiabá, que contempla aproximadamente 40 mil pessoas, passará em breve a vivenciar algumas mudanças. Quatro novas modernas escolas estaduais deverão estar concluídas até 2018 para abrigar os estudantes e, principalmente, para serem espaços voltados ao desenvolvimento de uma série de iniciativas inovadoras, que envolvem o acolhimento dos estudantes por mais tempo nas unidades de ensino, tecnologia, literatura, práticas esportivas e atendimento voltado à redução de conflitos – dentro e fora do ambiente escolar.

O Novo Sistema Educacional do Pedra 90 foi pensado pela Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Seduc-MT) com o intuito de transformar a região, por meio da educação. O bairro foi o escolhido para receber o projeto por ser um dos mais populosos do Estado e por apresentar problemas de vulnerabilidade social.

A nova Escola Estadual Rafael Rueda será uma das que, ao ser reerguida, adotará, para os estudantes do ensino médio, o período integral. Os jovens passarão o dia todo na escola, onde será oferecido café da manhã, almoço e lanche. A unidade também ofecerá acompanhamento com monitores para sanar dúvidas dos alunos referentes aos conteúdos ensinados em sala de aula.

“O ensino em tempo integral é o método utilizado nos países com os melhores índices em educação. É preciso que essa metodologia seja mais expandida, não só aqui no Estado, como no resto do país”, observou o professor Carlos da Cunha Pedroso.

Projetos como o Educomunicação, que já funcionam por meio de uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), serão expandidos nas escolas do bairro. Nele, os estudantes são estimulados a produzir conteúdo audiovisual e crítico, não apenas do ambiente escolar, mas a respeito também da realidade em que estão inseridos. Além de exercerem a cidadania, os jovens aprendem a lidar com ferramentas multimídia, que potencializam os saberes e vivências.

Todo o trabalho é disponibilizado no Mais 10, plataforma colaborativa criada para abrigar o material a ser compartilhado entre os estudantes.

As escolas passarão também a experimentar uma metodologia de ensino mais interativa e menos expositiva. Por meio do projeto Lupi, as aulas de português e matemática serão ministradas com o auxílio de tablets, que armazenarão todo o conteúdo. O Lupi, que funcionará inicialmente na nova Rafael Rueda para as turmas do 6º e 9º ano, ainda proporcionará um controle mais rígido da presença dos alunos: a lista de chamada será preenchida digitalmente e os dados ficarão armazenados para que possam ser acessados pelos pais dos estudantes e profissionais da Seduc a qualquer momento. Um dos objetivos do Lupi é o de reduzir a evasão escolar a zero.

Em todas as novas unidades do ensino do Pedra 90 serão desenvolvidas ações psico-pedagógicas com os alunos. Professores passarão por uma capacitação, com o apoio de profissionais do Ministério Público Estadual, para lidar melhor com as situações de conflitos envolvendo os alunos e formar multiplicadores nas escolas. Denominada “Mediação Escolar”, a iniciativa pretende ampliar os canais de diálogo entre alunos, docentes e família.

A Rede Cidadã, acordo firmado entre a Seduc e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), também prevê que, em casos mais delicados, psicólogos e assistentes sociais possam acompanhar os estudantes mais de perto, junto aos familiares. Reforço policial nas áreas próximas às escolas também está previsto no acordo.

Atividades esportivas e artísticas, como o Prinart, deverão continuar a ser incentivadas e aprimoradas.

Três das quatro novas escolas estaduais serão construídas no lugar de unidades escolares que já existem no bairro (EE Rafael Rueda, EE Malik Didier e EE Mário de Castro). Cada escola terá 18 salas de aula, todas equipadas com ar-condicionado e com capacidade total para atender 3.600 alunos. Atualmente, as unidades contemplam até 3.239 estudantes. Por conta disso, 334 alunos do Pedra 90 têm que estudar em escolas fora do bairro.

Das quatro escolas a serem construídas, uma adotará metodologia da Escola Militar Tiradentes. As unidades contarão com uma infraestrutura inteligente, que privilegiará a economia de água e luz, por meio de sistemas de reuso de águas pluviais, instalação de placas de captação de energia solar e da utilização de iluminação em LED. Todas as escolas possuirão, ainda, Wi-Fi (internet sem fio).

Todo o projeto, apresentado pelo secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Marco Marrafon, no último dia 24 para a população do Pedra 90, está previsto no Programa Pró-Escolas, que será lançado em breve pelo Governo do Estado e terá ações nos eixos Estrutura, Ensino e Inovação em toda a rede pública estadual.





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