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PARALISAÇÃO
Quarta - 23 de Março de 2016 às 08:44
Por: Gazeta Digital

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O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) se reuniu com o Conselho Regional de Medicina (CRM) e decidiram manter a greve da categoria que já dura mais de 15 dias. 

O Tribunal de Justiça reafirmou que é ilegal o movimento e aumentou a multa diária de R$ 50 mil  para R$ 70 mil por dia, por descumprimento da decisão judicial. O Sindicato já acumula uma dívida de quase R$ 1 milhão, mas decidiu dar continuidade ao movimento.

Durante a reunião realizada na terça-feira, a presidente do Sindimed, Eliana Siqueira mostrou que o quadro de profissionais é deficiente na UPA e nas Policlínicas de Cuiabá. "Faltam 43 médicos, na rede municipal de saúde, isso gera uma carência de até 86 plantões".

UPA Morada do Ouro - faltam 6 médicos; 12 Plantões deixam de ser realizados
Policlínica do Verdão - faltam 11 médicos; 22 Plantões deixam de ser realizados
Policlínica do Coxipó - faltam 9 médicos; 17 Plantões deixam de ser realizados
Policlínica do Planalto - faltam 6 médicos; 13 Plantões deixam de ser realizados
Policlínica do Pedra 90 -faltam 7 médicos; 14 Plantões deixam de ser realizados
Policlínica do Pascoal Ramos - faltam 4 médicos; 8 Plantões deixam de ser realizados

Eliana Siqueira afirma que o problema da falta de médicos na rede pública de Cuiabá não foi desencadeado pela greve. "Todas as policlínicas estão sofrendo com a falta de médicos. Mesmo antes da greve, não havia médicos para atender toda a população, porque a prefeitura não realizou as contratações," declarou.

Outro ponto abordado na reunião foi a falta de médicos especialistas. De acordo com Eliana, "em alguma especialidades, como neurologia, o tempo de espera para conseguir atendimento chega a atingir até 3 anos".

O presidente do CRM, Gabriel Felsky disse que entende a necessidade dos médicos em reivindicarem por melhorias nas condições de trabalho."Ele confessou que, os médicos não se sentem estimulados a trabalhar na rede pública, seja por falta de estrutura nos hospitais, ou porquê os salários não são compatíveis". 

Os médicos da rede pública de Cuiabá cobram melhores condições de trabalho, além do pagamento de 14% no Prêmio Saúde, pagamento das horas extras, adequadas condições de trabalho para atender melhor a população e a implantação do Piso Nacional dos Médicos que é R$ 12.993,00 por 20 horas semanais.

Na próxima quinta-feira (24), será realizado um mutirão no bairro Pedra 90, a partir das 8h. Aproximadamente 15 médicos devem se deslocar para o bairro e o Sindicato estima que até 200 atendimento sejam realizados. "Escolhemos a região do Pedra 90, pois a policlínica lá do bairro está sem médico há mais de 5 meses, então o problema por lá já é antes da greve". 




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