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COMUNICAÇÃO
Segunda - 30 de Janeiro de 2017 às 08:30
Por: Redação TA c/ Gazeta Digital

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Foto: Divulgação
Wiliam também dedicou-se a estudar o linguajar cuiabano
Wiliam também dedicou-se a estudar o linguajar cuiabano

Faleceu neste domingo (29) em Cuiabá o radialista Wiliam Gomes, um dos profissionais mais marcantes da história recente da comunicação de Mato Grosso.

Ele sofria de diabetes e estava internado há oito dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Morreu aos 66 anos de insuficiência respiratória.

Wiliam Gomes, cuiabano nascido na região da Praça Popular, era profundo conhecedor do rádio. Foi professor de Administração na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Também deu aulas no curso de Comunicação Social da mesma instituição.

Foi pioneiro em pesquisas eleitorais e também sobre audiência de emissoras de rádio.

Escreveu o livro “Linguajar Cuiabano”, que utilizava em programas de televisão para explicar os termos do chamado “cuiabanês”.

Foi também apresentador de TV. Até 2016, pela TV Pantanal/Canal 22, comandava o quadro “Caderno Cuiabano”.

Passou pela Rádio Cultura de Cuiabá e CBN Cuiabá, ambas integrantes do Grupo Gazeta de Comunicação. Em 2010, o radialista foi homenageado pelo Grupo Gazeta na 17ª Copa de Futebol Master, com o troféu Wiliam Gomes.

Entre os grandes amigos que fez ao longo da carreira está o também radialista Edivaldo Ribeiro. Ele lembra que foi apresentado a Wiliam pelo também radialista Antero Paes de Barros, no ano de 1975. Ambos trabalharam juntos nas rádios Voz do Oeste, Cultura e TV Mundial.

Edivaldo conta que um dos traços marcantes do amigo era ser um “multimídia”. Outra característica ressaltada era o amor pela cuiabania, pela cultura, da qual incorporava principalmente o falar cuiabano, o qual registrou em livros. “Ele tinha orgulho disso e fazia questão de usar o linguajar cuiabano em seu dia a dia”, relata.

Outro amigo é o radialista Jorginho Mussa, que dividiu o microfone com Wiliam em um dos maiores sucessos da radiofonia mato-grossense. O programa “Com a Cara e a Coragem”, que por 15 anos foi líder em audiência na Rádio Cultura de Cuiabá.

Mussa acredita que grande parte do sucesso do programa diário de mais de 3 horas das manhãs cuiabanas deveu-se a postura ética de Wiliam. “Ele não aceitava encobertar qualquer fato ou notícia. Era profundamente ético”, lembra o companheiro que atuou com ele nas rádios Cultura, CBN e Industrial.

Uma das últimas vezes que esteve com Wiliam foi na solenidade de entrega do prêmio concedido pelo Sindicato dos Radialistas, em 12 de novembro do ano passado. Já debilitado, o amigo Wiliam pediu que ele fosse pegar a placa em sua homenagem, deixando a festa em seguida.

A atual companheira Circe Anunciação da Costa disse que ele insistiu muito para ir à festa em que era a homenageado. Apesar de estar debilitado por uma sequência de internações após contrair uma pneumonia, concordou e o acompanhou. “Queria que ele recebesse esta homenagem em vida”, diz emocionada.

Conheceu Wiliam em 1992 e em 2005 passaram a conviver. Disse que além do radialista de talento, ele era um grande companheiro e amigo. Um verdadeiro pai para os dois netos dela, Paulo Vitor e Luís Otávio, de sete e cinco anos. Tanto que ainda não sabe como dar a notícia da morte a eles. Wiliam era amado e querido por toda família, diz emocionada. “Ficamos sem chão”.

Wiliam deixa três filhos do primeiro casamento com Eliana Rabane: Lilian, Lívia e Wiliam Júnior.

O velório de Wiliam Gomes será na Sala das Hortências, na Capela Jardins, bairro Bandeirantes, a partir das 23 horas.

O sepultamento a ser realizado no cemitério da Piedade terá horário definido na manhã desta segunda-feira (30)





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