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AGRICULTURA
Quarta - 22 de Fevereiro de 2017 às 16:43
Por: Redação TA c/ Gcom-MT

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Foto: Divulgação

A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) lançou o boletim informativo com resultados do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Trigo (Protrigo) referentes ao período de 2016, em Mato Grosso. O destaque desta safra foi o forte veranico durante o ciclo vegetativo do trigo de sequeiro, o que prejudicou a produtividade de outras culturas como a soja, milho, algodão, feijão e trigo irrigado.

Mesmo assim, na Fazenda Cachoeira, no município de Itiquira (357 km ao Sul de Cuiabá), o cultivo de sequeiro demonstrou potencial para mais de 3 mil kg por hectare e no cultivo irrigado, produziu 4,5 mil quilos por hectare.

A publicação mostra que a variedade CD 1104 demonstrou potencial de cultivo. O Extensionista da Empaer e coordenador da Câmara Técnica do Trigo, Hortêncio Paro, destaca que acima de 600 metros de altitude, o estado tem potencial para produzir mais de 1 milhão de hectares de trigo de sequeiro. Ele ressalta que Mato Grosso consome mais de 130 mil toneladas de farinha. “Toda farinha que for produzida aqui poderá abastecer outros estados como Acre, Rondônia, Pará, Amazonas e o país vizinho, Bolívia”, enfatiza.

Para acompanhar o comportamento das variedades de trigo de sequeiro, foram implantadas três Unidades de Observação (UO), cuja tecnologia já é considerada recomendável aos triticultores. Para trigo irrigado, foram instaladas quatro Unidades Demonstrativas (UD), com 10 materiais genéticos, nos municípios de Itiquira, Campo Verde, Rondonópolis, Primavera do Leste, Sorriso e Nova Mutum.

Hortêncio Paro comenta que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem divulgado a pretensão de substituir o trigo importado pelo trigo nacional, para evitar evasão de divisas, aumentar a geração de emprego e dar apoio ao trigo do Centro-Norte brasileiro. “O nosso estado poderá ser um dos beneficiados, caso seja resolvido o problema da comercialização do trigo, que é atualmente o nosso maior gargalo para expansão da triticultura em nossa região”, explica.

O boletim faz um resumo das ações executadas no ano de 2016, tais como: reuniões da Câmara Técnica, visitas técnicas nas propriedades rurais, comportamento evolutivo das variedades, preparo do solo, tratamento de sementes, equipamento de plantio, densidade, profundidade, tratos culturais, controle de invasoras, inseticidas, número de planta e altura, dados de chuvas, e outros.

De acordo com o extensionista, foi aprovada a Lei nº 10.443, de 03/10/2016, que visa institucionalizar o Protrigo como uma ação de Governo. Para 2017, as principais metas são: estabelecer o preço mínimo para o trigo, compatível com os custos de logística da região, para dar sustentabilidade e incentivos à exploração; reduzir os custos de energia para o cultivo do trigo irrigado, para que os recursos da Taxa de Equilíbrio Comercial (TEC) cobrada na importação do trigo sejam aplicados em pesquisas nas regiões do Médio-Norte com potencial para cultura.

A Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), Instituto Mato-grossense de Algodão (IMA), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) e Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) e empresários rurais participam do desenvolvimento da triticultura em Mato Grosso.





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