Helmute e radialistas falam sobre fracassos do Cuiabá no Brasileiro
Helmute Lawisch, presidente do Luverdense, diz que o fraco desempenho do Cuiabá ao longo da Série C pode ser resumido em “falta de convicção” por parte da diretoria no trabalho que vem realizando. “Estou falando aqui como observador e também como quem já viveu e vide esta busca do acesso. Passei por isso nas primeiras competições da Série C que disputamos.
Não sei, é claro, o que se passa internamente no Cuiabá, mas vejo a falta de convicção no trabalho como principal causa desta instabilidade. Não mantém um grupo de uma competição para outra, não mantém a comissão técnica… E isso é ruim, não dá continuidade ao trabalho”, analisou.
O dirigente luverdense também aconselha o Dourado a não buscar jogadores “velhos, muito rodados, salvo raras exceções, onde o cara é acima da média e profissional de verdade. Caso contrário, vem só para ganhar dinheiro. É preferível apostar em jogadores jovens, mais determinados, que querem crescer, aparecer junto com o time. Inclusive, já falei várias destas coisas para o Aron. Falo isso com o objetivo de ajudar, com a experiência de quem já viveu estas situações”.
Para o repórter Higor Ramos, da Rádio Mega FM, considera que “a má campanha do Dourado Série C se deve a vários motivos, dentre eles a formação de uma equipe fraca tecnicamente em comparação aos outros times do grupo, sendo que a Série C é bem mais competitiva do que Campeonato Estadual e Copa Verde”. Para o radialista, também a falta de compromisso de “vários jogadores” ajudou a minar o trabalho cuiabanista. “O próprio presidente Aron afirmou que em função de baladas e descomprometimentos o time já não tinha o mesmo foco de antes, pois jogadores frequentemente eram flagrados na noite cuiabana, em barzinhos e até em festas particulares. E o pior é que não rendiam mais dentro de campo”.
Adilson Gonçalves, da TV Pantanal, aponta a “falta de uma gestão profissional” como principal causa das freqüentes decepções do Cuiabá na Série C. “Entendo que a diretoria tem que contratar um gerente de futebol acostumado ao acesso, como fez o Luverdense ao contratar o Sérgio Pepelin (hoje no Paysandu)”, frisou Gonçalves, com um alerta: “mas ao contratar este profissional a diretoria precisar dar autonomia e liberdade para ele trabalhar tanto na montagem do time como da comissão técnica”.