Greve dos bancários em MT passa dos 10 dias e fila em lotéricas aumenta

 A greve dos funcionários de instituições bancárias de Mato Grosso completa 11 dias nesta sexta-feira (16), sem previsão que os atendimentos nas agências sejam retomados. Com a paralisação, a população tem recorrido a lotéricas para fazer pagamentos e outras operações. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT), os funcionários reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial de 16%. Atualmente, 217 agências no estado estão fechadas devido ao movimento grevista.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Lotéricas de Mato Grosso (Selomat), Ademir Souza, durante esta greve dos bancários houve aumento de 20% na procura por atendimentos nas lotéricas do estado. No entanto, as operações realizadas nos estabelecimentos são limitadas.

“Nas lotéricas só são permitidas operações até R$ 700. Além disso, não podemos receber boletos que estão vencidos, por exemplo. Mesmo assim a procura nas agência aumentou porque é a alternativa que a população tem”, disse.

Aproximadamente 6 mil funcionários estão com as atividades paradas desde a última terça-feira (6). Eles pedem melhores condições de trabalho, reajuste salarial de 16%, aumento no valor do vale-alimentação e ainda auxílio-creche de R$ 788 por mês. Além disso, a categoria reivindica a contratação de mais vigilantes paras agências, e recebimento de auxílio-educação para pagamento de graduação e pós-graduação.

“O movimento está crescendo, todas as agências no interior estão aderindo à greve e isso fortalece a nossa luta”, disse o presidente do SEEB/MT, José Guerra.

 

Os funcionários recusaram, em assembleia realizada no dia 1º de outubro, proposta de reajuste salarial de 5,5%  e abono de R$ 2,5 mil feita pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban). Ainda segundo Guerra, desde então o órgão não negociou mais com a categoria.