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CIDADE
Sexta - 09 de Outubro de 2015 às 16:05
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 Fim de feira, começo de trabalho. Com esse entusiasmo os 20 premiados da II Feira de Ciências da Educação Básica de Mato Grosso (Feceb-MT) encerraram sua participação no evento, realizado pela Secretaria de Estado de Educação, entre os dias 06 e 08 deste mês, no Cenarium Rural em Cuiabá, durante a programação da Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) e da 7ª Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Mecti).

Cada vencedor receberá uma bolsa de Iniciação Científica Júnior do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para execução do projeto, além de certificados e um tablet. Os professores orientadores também receberão o tablet.

Dois dos 20 protótipos selecionados vão participar da Feira Nacional de Ciência e Engenharia (Febrace) em São Paulo, em março de 2016. Os escolhidos são de escolas dos municípios de Juara e Campo Verde.

O estudante João Gabriel dos Santos França, 16 anos, da Escola Estadual Oscar Soares, de Juara, já prepara o seus próximos passos. Seu projeto é uma luva que transforma a linguagem brasileira de sinais em áudio. “Esta é a primeira vez que participo, agora a expectativa é evoluir a luva, penso em várias melhorias, novas adaptações”, disse. “Foi bastante complicado, tive problemas no caminho porque existem luvas parecidas e o custo é alto. Foram mais de três meses de estudo. Mas a Febrace vem pela frente, tenho novos desafios para vencer”, lembrou.

O outro projeto que conseguiu o ‘passaporte’ para a Feira Nacional veio de Campo Verde, da aluna Carolina Aparecida de Paula Almeida, da Escola Estadual Alice Barbosa Pacheco. O projeto trata da reciclagem de motores. Assim como Gabriel, ela também avançará na pesquisa para evolução da ideia.

Os vinte projetos premiados são dos municípios de Paranaíta (2), Alta Floresta (4), Colíder (3), Campo Verde (3), entre eles o do Gabriel citado na matéria, Porto Alegre do Norte (2) e Sinop (5) e o de João Gabriel em Juara.

Para o coordenador da II Feira de Ciências da Educação Básica de Mato Grosso, professor Kilwangy kya Kapitango-a-Samba, o evento é um processo importante não só para os alunos, mas também para os professores que estão juntos, orientando. “O evento como um todo é muito importante e poder realizar a Feira com a Mostra no mesmo espaço também valorizou. Estamos produzindo conhecimento e depois mostrando o resultado”, explicou.

Paulo Marchiori Corte, professor da Escola Estadual Enio Pipino, de Sinop, e um dos orientadores, confirma a posição de Kapitango. “A capacidade de pesquisa deles (alunos) é muito grande. Com elementos do cotidiano, que eles conhecem, conseguem resgatar de forma científica. Essa capacidade não só de entender, mas de interpretar esse processo é interessante. Foi um desafio para mim também, sou professor de filosofia e o projeto envolvia muito da área de física, tive que resgatar muito desse conhecimento. Representou um desafio e aprendizado pra mim também”, revelou.

Mostra

Para a VII Mecti, foram selecionados 10 projetos, dois deles participantes da Feceb do ano passado. No entanto, todos os vencedores da edição foram convidados e passaram pelo processo seletivo, culminando em duas escolhas. A mostra foi realizada pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Seciteci) e premiou quatro projetos com certificado e smartphones.

ABRIC

O evento em Cuiabá contou com a presença de Eduardo Padilha, representante da Abric (Associação Brasileira de Incentivo a Ciências). Ele avaliou todos os 53 projetos – os 10 da VII Mostra e os 43 da II Feceb. “Me surpreendeu a qualidade dos protótipos e projetos, muito bom porque apresenta a superação desses jovens. A maioria deles sem recursos, às vezes sem orientação e ainda consegue fazer projetos incríveis. Imagina se o incentivo fosse maior”, frisou.

Ele destacou ainda, a conscientização para o bem comum presente nas iniciativas. “Abordaram problemas ao seu redor, buscando melhorias. São conscientes, ninguém fez algo para ficar parado, e sim para ajudar o meio em que vivem. A ciência tem que ser para a sociedade. Senão, para que existiria?”, pontuou. 
 




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