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ECONOMIA
Sexta - 09 de Setembro de 2016 às 13:35
Por: Redação TA c/ Portal Brasil

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Governo de Santa Catarina/Divulgaçã
Mercado coreano é de 50 milhões de consumidores. Negociações para compra de carne suína brasileira já dura uma década
Mercado coreano é de 50 milhões de consumidores. Negociações para compra de carne suína brasileira já dura uma década
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, considerou positivo o saldo de sua visita a Seul, na Coreia do Sul.

Ele conseguiu do vice-ministro da Agricultura, Lee Jun-won, a promessa de que o processo para a aprovação da importação da carne suína de Santa Catarina seja concluído no início do próximo ano. Técnicos do governo coreano deverão vir ao Brasil para uma série de visitas técnicas a frigoríficos.

Santa Catarina é o maior Estado produtor de suínos do Brasil. O mercado da Coreia do Sul é de 50 milhões de consumidores, e as negociações para a entrada de carne suína brasileira no mercado coreano já se arrastam por uma década.

"O governo e os produtores de Santa Catarina têm de manter a pressão, porque esta penúltima etapa deve estar concluída em novembro. Quanto mais cedo os coreanos fizerem a visita técnica, mais rápido colocaremos nossa carne suína no mercado deles", disse o ministro.

As declarações foram feitas antes de Maggi embarcar para Hong Kong, onde cumpre a terceira etapa de sua viagem à Ásia.

Negociações

O ministro foi firme durante as conversas com representantes do governo coreano. Mostrou que o Brasil é um País com 200 milhões de consumidores e que quer ser tratado como um parceiro estratégico pela Coreia, país que é grande produtor de equipamentos eletroeletrônicos e veículos.

"Não consigo entender por que vocês liberam carne bovina de países que podem oferecer muito menos contrapartida e ainda não liberam o nosso produto", disse o ministro.

Blairo acrescentou que o agronegócio no Brasil responde hoje por praticamente 50% de todas as exportações e, por isso, além da soja e do milho, os brasileiros querem vender produtos com maior valor agregado, como as carnes suína e bovina, além do frango que é muito consumido pelos coreanos.

"Quanto mais vendermos para a Coreia, mais emprego e renda geraremos e mais atrativo se tornará o mercado brasileiro para os produtos coreanos", argumentou Maggi.

O processo de liberação de importação de carne suína de Santa Catarina entrou na sétima fase, que é a aprovação pelo Congresso da Coreia do Sul.

"Creio que em dois meses teremos concluído esta fase e poderemos entrar na última etapa deste processo, que é a visita técnica aos frigoríficos brasileiros", previu o vice-ministro Lee Jun-won.

Jun Won ganhou de Blairo Maggi um pacote de café especial da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé).

Os coreanos apreciam o café brasileiro e são grandes consumidores da bebida, com mais de 60 mil cafeterias espalhadas pelo País.

Comércio de carne bovina e manga

Blairo pressionou para que o governo coreano iniciasse logo o processo de aprovação da importação de carne bovina brasileira.

Lembrou que o Brasil acaba de receber aprovação do governo dos Estados Unidos e já é um tradicional fornecedor da União Europeia, que estão entre os mercados mais exigentes do mundo.

Os coreanos argumentaram que é necessário concluir o processo da carne suína para depois tratar da carne bovina.

O ministro também conversou sobre a exportação de mangas pelo Brasil, que também está entrando na penúltima etapa do processo de aprovação e, em contrapartida, prometeu trabalhar para finalizar a aprovação da entrada de peras coreanas no mercado brasileiro.





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