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ECONOMIA
Sexta - 07 de Agosto de 2015 às 09:09
Por: G1

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A inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,62% em julho, o valor mais elevado, para o sétimo mês do ano, desde 2004, segundo divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho, os preços haviam avançado 0,79%.

Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 9,56%, o mais elevado desde novembro de 2003, que ficou em 11,02%. O resultado está bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 6,5%.

No ano, a inflação subiu 6,83% e também foi recorde para o período desde 2003, quando atingiu 6,85%.

"Os meses de julho em geral são os menores resultados de cada ano. Foi diferente [em 2015] porque todo esse ano está sendo diferente em tudo. Os julhos costumam ser mais baixos por causa dos preços dos alimentos que tendem a puxar o resultado do IPCA para baixo. Isso não aconteceu nesse ano porque os alimentos subiram mais do que o padrão dos meses de julho", explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índice de Preços do IBGE.

A estimativa mais recente dos economistas do mercado financeiro indica que o IPCA fechará o ano em 9,25%. Se confirmado este índice para 2015, será a maior inflação desde 2003 (9,3%).

De acordo com o IBGE, a energia elétrica, que ficou 4,17% mais cara, foi o item que mais contribuiu individualmente no aumento geral de preços em julho. Em Curitiba e São Paulo, por exemplo, a tarifa aumentou mais de 11%. Além das contas de luz, as de água e esgoto também ficaram, em média, 2,44%.

 

Considerando o comportamento desses gastos, o grupo de despesas com habitação registrou a maior variação de junho para julho, passando de 0,86% para 1,52%. Também pressionaram os artigos de limpeza (0,65%), aluguel residencial (0,49%) e condomínio (0,49%).

Os alimentos também tiveram os preços ainda mais reajustados. De 0,63%, a variação subiu para 0,65%, influenciada pelas refeições feitas fora de casa.

Se as contas de luz, de água e os alimentos ficaram mais caros, os artigos de residência seguiram a mesma tendência. A inflação desse grupo bateu 0,86% em julho, contra 0,72% no mês anterior. As principais influências vieram de conserto de equipamentos domésticos (1,03%), TV, som e informática (1,00%) e mobiliário (0,94%).

Por outro lado, os preços dos itens relacionados a despesas pessoais subiram menos, de 1,63% para 0,61%, puxados pelo custo dos serviços bancários, dos empregados domésticos, cabelereiro e manicure.

Influenciados pelas passagens aéreas, que tiveram uma alta muito menor em relação ao mês anterior (de  29,19% para 0,78%), os preços relativos a transportes desaceleraram de 0,70% para 0,15%.

Analisando todos os os grupos de gastos do IBGE, os resultados mais baixos ficaram com comunicação (de 0,34% para 0,30%), educação (de 0,2% para 0%) e vestuário (de 0,58% para -0,31%)

INPC

O IBGE também divulgou nesta sexta-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que variou 0,58% em julho, abaixo do resulyado de 0,77% do mês anterior. No ano, o índice tem alta de 7,42% e, em 12 meses, de 9,81%.





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