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EDUCAÇÃO
Quarta - 05 de Agosto de 2015 às 08:36
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 A participação na vida política é para adolescentes e jovens uma realidade quase distante. A falta de incentivo, o desconhecimento sobre a política e o que é ser político, a realidade de corrupção e muitas vezes de impunidade leva os alunos a se tornarem indiferentes à vida política. Para mudar essa realidade, a Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, desenvolve desde março o projeto denominado Varal Filosófico – Política para não ser idiota, com alunos de 2º e 3º anos do ensino médio.

O resultado desse trabalho pode ser conferido na escola até sexta-feira (07). Além do varal, o evento conta com o Cine Política, que exibe filmes com a temática política das 13h às 17h (de 03 a 07 de agosto); competição passa e repassa (entre os dias 04 e 06); exibição dos clipes de cunho político (de 03 a 07); e simulação de votação, com candidatos fictícios (nos dias 06 e 07).

A iniciativa faz parte de um convênio com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). As atividades começaram em sala de aula com etapa teórica e seminário, auxiliadas pelos alunos do curso de filosofia da UFMT, com introdução aos estudos dos conceitos de Política, Poder, Força, Autoridade, Formas de Governo em Platão e Aristóteles e Introdução ao Pensamento de Maquiavel.

Em seguida, foram realizadas visitas guiadas à Assembleia Legislativa, Casa da Democracia e Tribunal Regional Eleitoral (TRE) – os alunos assistiram a uma sessão plenária onde foram julgados três processos de prestação de contas de campanha eleitoral. Ao final da sessão, estudantes e membros do pleno protagonizaram um debate, momento em que os alunos esclareceram suas dúvidas sobre a Justiça Eleitoral. “Após esses subsídios, os alunos foram para o laboratório de informática montar, com ajuda do professor e universitários do Pibid, um paper que sintetizasse sua compreensão e crítica sobre a política, para expô-lo em forma de varal”, explicou o coordenador geral do projeto, Domingos Sávio Duarte Melo, professor de filosofia na unidade escolar.

Para Domingos, é preciso suspender, isolar ou até recusar as concepções negativas de política, pois elas impedem o conhecimento do sentido original do termo, bem como o de investigar a raiz de tais ideias pejorativas. “O contato com os textos filosóficos é um instrumento para melhor pensar a política, convidando a transformação, mesmo que esta comece pela mudança de mentalidade, para que o aluno entenda a política como uma construção coletiva de um espaço público onde seja possível assegurar e vivenciar o bem comum”.

O projeto tem apoio dos professores Dejanira Freitas, Sizernandes F. de Oliveira, Erásio César Magalhães, Maria Antônia da Silva, Margarete Mendes da Silva, Mari Fernandes, Castelino Roberto da Silva, Soliete Magosso e Marcelo Ferreira Ormond. 




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