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PARALISAÇÃO
Quinta - 16 de Julho de 2015 às 09:15
Por: A Gazeta

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 Professores e trabalhadores da rede municipal de ensino de Várzea Grande entram em greve no próximo dia 3 de agosto e cerca de 23 mil alunos da rede não retornarão às aulas após o fim das férias de julho. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada ontem (15) depois que a categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura do município.

Ao todo são 3.600 profissionais que aturam na rede municipal, destes 1.800 são professores. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), Gilmar Soares, na proposta a administração não concedeu a atualização do piso salarial da carreira em 13,65% para todos os profissionais da educação, e a greve que foi suspensa no 31 de março será retomada e seguirá por tempo indeterminado.

Segundo Soares, a própria prefeitura empurrou os profissionais para a greve já que a categoria tem tentado negociar tanto com a administração anterior, como com a atual. “Há um limite para paciência, pois estamos falando de um salário defasado em Várzea Grande, com uma significativa diferença de percentual entre os cargos, o que torna insustentável a demora em atualizar o valor do piso”.

Conforme o Sintep/VG, a secretaria de educação do município ofereceu reajuste de 13,65% apenas para os professores. Já para os demais trabalhadores o reajuste oferecido é apenas o inflacionário e de forma parcelada.

Soares lembra que o piso pago atualmente em Várzea Grande é de R$ 1.053,00 mil, mas deveria ser de R$ 1.198,00 mil, abaixo do mínimo nacional previsto em 2014. Para os funcionários, o valor do piso é ainda menor que os dos professores, o que torna a situação salarial um desestímulo aos profissionais da educação.

Soares explica ainda que sem a atualização do piso salarial dos professores e funcionários desde janeiro, a categoria estava em negociação com o secretário anterior que acatou a proposta de atualização dos 13,01% do piso a partir de junho, mas a atual administração decidiu não cumprir com o firmado. O sindicalista lembra que além da questão salarial os trabalhadores ainda enfrentam problemas com a merenda, infraestrutura, transporte escolar, falta de água. “Há tempos a situação da educação em Várzea Grande está um caos”.

Uma greve geral da categoria em todo o Estado pode acontecer ainda na primeira quinzena de agosto deixando mais de 413 mil alunos sem aula na rede estadual de ensino em Mato Grosso. A categoria, que está em estado de greve, cobra também do governo o pagamento integral de reajuste salarial. A secretária de Educação de Várzea Grande, Zilda Campos, informou que ainda não foi notificada da decisão.





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