Com preço até 148% mais caro, cebola vira a nova vilã da inflação em MT
Embora os efeitos da inflação possam ser sentidos em outras despesas que têm pesado no bolso do consumidor (a conta de energia, por exemplo, já teve alta acumulada de 42,03% nos últimos 12 meses), é o gasto com alimentos o que mais preocupa a população. Os produtos encontrados nos mercados tiveram alta de 18,9% no mesmo período. Para os consumidores os valores altos não têm sabor agradável.
Comum na cesta de compras do brasileiro, a cebola acompanhou a tendência de elevação e, por peculiaridade de sua produção e de seu mercado, teve seu preço aumentado em 148%.
Variação semelhante também tem sido percebida em outros estados do país, onde, tal como em Mato Grosso, também o tomate continua em alta (a fruta não deixou totalmente o posto de vilã da inflação desde 2013). Costumeiramente presentes na mesa do brasileiro, a batata e o alho também tiveram alta, de 24% e de 26%, respectivamente.
De acordo com o funcionário público federal, José Luiz Campos, em meses anteriores ele comprava mais com o mesmo valor gasto nas compras atualmente. “Seis meses atrás, com o mesmo que eu gastei, eu comprava o dobro de carne e ainda levava mais coisas”, calculou.
Segundo o economista Dilmar Dallemole, para fugir dos preços altos o melhor caminho é voltar a intensificar a pesquisa de preços, variando os estabelecimentos. “A partir do momento que o consumidor procura esses preços, ele força - ou, pelo menos, tende - a segurar os preços”, explicou.
Para o gerente de supermercado Devair Pereira, é melhor abaixar os preços pra não perder clientes. “A gente acaba sacrificando um pouco a margem de lucro do supermercado para não deixar o consumidor insatisfeito”, revelou.