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ECONOMIA
Segunda - 13 de Julho de 2015 às 09:36
Por: G1 MT

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 Quase tomando o lugar ocupado pelo tomate em 2013, a cebola agora é uma das novas "vilãs" das compras de supermercado dos mato-grossenses, tendo sofrido um aumento médio de 148% no preço repassado ao consumidor este ano. A culpa é da inflação, que acaba de registrar a maior alta já percebida para o mês de junho em 19 anos. Só no primeiro semestre, a variação foi de 0,79%. Refletindo esse cenário, os preços dos produtos alimentícios têm sido afetados com elevação média de 20% no estado.

Embora os efeitos da inflação possam ser sentidos em outras despesas que têm pesado no bolso do consumidor (a conta de energia, por exemplo, já teve alta acumulada de 42,03% nos últimos 12 meses), é o gasto com alimentos o que mais preocupa a população. Os produtos encontrados nos mercados tiveram alta de 18,9% no mesmo período. Para os consumidores os valores altos não têm sabor agradável.

Comum na cesta de compras do brasileiro, a cebola acompanhou a tendência de elevação e, por peculiaridade de sua produção e de seu mercado, teve seu preço aumentado em 148%.

Variação semelhante também tem sido percebida em outros estados do país, onde, tal como em Mato Grosso, também o tomate continua em alta (a fruta não deixou totalmente o posto de vilã da inflação desde 2013). Costumeiramente presentes na mesa do brasileiro, a batata e o alho também tiveram alta, de 24% e de 26%, respectivamente.

De acordo com o funcionário público federal, José Luiz Campos, em meses anteriores ele comprava mais com o mesmo valor gasto nas compras atualmente. “Seis meses atrás, com o mesmo que eu gastei, eu comprava o dobro de carne e ainda levava mais coisas”, calculou.

Segundo o economista Dilmar Dallemole, para fugir dos preços altos o melhor caminho é voltar a intensificar a pesquisa de preços, variando os estabelecimentos. “A partir do momento que o consumidor procura esses preços, ele força - ou, pelo menos, tende - a segurar os preços”, explicou.

Para o gerente de supermercado Devair Pereira, é melhor abaixar os preços pra não perder clientes. “A gente acaba sacrificando um pouco a margem de lucro do supermercado para não deixar o consumidor insatisfeito”, revelou.





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