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CIDADE
Quinta - 30 de Abril de 2015 às 17:00
Por: Diário de Cuiabá

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 É no lago da usina hidrelétrica de Manso, considerado um dos principais espaços de lazer aquático do Estado, que ocorre a maioria das mortes por acidente e de infrações aplicadas pela Delegacia Fluvial da Marinha em Mato Grosso. Em 2014, das oito mortes registradas em rios e lagos de jurisdição da Marinha, quatro aconteceram no lago, sendo que as demais se dividiram entre os rios Cuiabá, Teles Pires, Rio Vermelho e outros. 

Das 45 embarcações (lanchas, barcos e jet-ski) apreendidas, 50% estavam em Manso fazendo manobras arriscadas, sendo pilotada por pessoas não habilitadas e/ou alcoolizadas, com documentação irregular ou seus ocupantes sem colete salva-vidas. No ano passado, de um total de 2.980 abordagens feitas em rios e lagos mato-grossense, 370 de transformaram em multas pelas mais diversas irregularidades. Os dados foram divulgados ontem, durante a visita do contra-almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar, comandante-geral da Marinha em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

Este ano, até a primeira quinzena deste mês, a Marinha registrou três mortes, 14 apreensões e a aplicou 976 multas. Para todos os acidentes com vítimas, informa o delegado Fluvial no Estado, capitão-de-corveta Alessandro Amilton Maia Nonato, é instaurado um inquérito. 

O contra-almirante Petrônio e o delegado Nonato anunciaram para setembro a instalação de um serviço permanente de fiscalização do tráfego aquaviário no lago de Manso. Antes disso, além do monitoramento nos finais de semana e feriados, acontecerá uma grande operação conjunta da Marinha e órgãos da segurança pública estadual. A previsão é de que ocorra no mês de junho. 

Petrônio disse que a Marinha não trabalha com o objetivo de multar ou apreender embarcações, mas de educar os condutores e passageiros, mostrando que, para segurança deles, existem exigências legais que precisam ser obedecidas.

“Somos o Detran dos rios e lagos, portanto, se a habilitação é obrigatória para dirigir carro, também é obrigatória para pilotar barcos, jet-ski e outras”, disse. O mesmo se aplica, lembrou, ao uso do colete salva-vidas, comparado ao cinto de segurança obrigatório para o condutor e passageiro de carros. 

Em Mato Grosso, a Marinha tem 12 mil embarcações registradas e 18.700 pessoas habilitadas. Apesar do número de habilitados ser bem superior ao de lanchas, barcos e jet-ski, a falta da carteira de piloto representa 25% das notificações. Mas essa realidade, acredita o capitão Notato, está mudando. Só neste ano a Marinha expediu 600 habilitações. Para obter o documento é necessário conhecer a legislação que regula o tráfego aquaviário, fazer uma prova na Agência Fluvial e, claro, ser aprovado. 





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