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CIDADE
Quinta - 23 de Abril de 2015 às 07:55
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 O prefeito Mauro Mendes (PSB) informou que o edital para a concessão do transporte coletivo da Capital será lançado no mês de junho. Hoje, quatro empresas prestam o serviço em Cuiabá.

A última concessão do transporte foi feita em 2004 e o prazo de vencimento era em 2012, mas foi prorrogada até junho de 2019 para as empresas Pantanal Transportes, Norte Sul Transportes, Integração Transportes e União Transporte (esta última faz a integração Cuiabá-Várzea Grande).

“O edital em fase de elaboração está sendo feito por técnicos, por uma equipe especialista em transporte. Até o mês de junho, colocaremos o edital na praça, para uma nova concessão”, disse o prefeito.

É uma decisão que não pode ser tomada precipitadamente, para que não sejam cometidos os mesmos erros do passado. O grande objetivo é melhorar as condições do transporte coletivo na Capital”, completou ele.

O prefeito praticamente descartou a possibilidade de a frota da Capital ser 100% equipada com ar-condicionado, uma das principais reivindicações da população.

Segundo ele, esta medida impactaria de forma significativa no valor cobrado pela tarifa, que hoje é de R$ 3,10.

“A qualidade custa. Podemos exigir, por exemplo, 100% dos ônibus com ar-condicionado, o que aumentaria o consumo de combustível. Ter ar-condicionado é uma coisa importante, mas vai custar mais caro. Se a população está disposta a pagar isso, não tem problema”, disse ele.

“Agora, não adianta achar que existe almoço de graça, coisas de graça. Em lugar nenhum do mundo existe", afirmou Mendes.

Ele explicou, por exemplo, que um dos principais fatores encarecedores da tarifa na Capital é a gratuidade aos estudantes.

“Em Cuiabá hoje, um dos ofensores a tarifa é o passe estudantil, que erroneamente chamam de passe livre. Ele não é livre, porque os usuários pagam. Aqui existem muitas gratuidades, e por essas gratuidades”alguém esta pagando”, explicou o prefeito.

Voltar atrás

Apesar de criticar as gratuidades existentes no transporte público da Capital, como o passe estudantil, por exemplo, Mauro Mendes descartou a possibilidade de que essas políticas sejam repensadas ou canceladas.

“Algumas gratuidades, eu acho muito difícil mexer, porque erros cometidos lá atrás fica difícil você conseguir corrigir neste momento. A população não vai entender isso”, afirmou ele.

“Agora, tem que entender que alguém está pagando por isso. Quem paga para o estudante andar de graça é o trabalhador, porque 50% dessa gratuidade são bancados por essa tarifa. Aí, a outra metade - R$ 18 milhões por ano - é dinheiro que a prefeitura tira da Saúde, do asfalto, da infraestrutura da cidade para bancar o 50% restante da gratuidade”, exemplificou.

Ainda segundo Mendes, caso a gratuidade estudantil não existisse, a tarifa na Capital cairia dos atuais R$ 3,10 para R$ 2,70.

Mobilidade Urbana

Em fevereiro deste ano, o prefeito determinou a criação de um grupo que terá a missão de elaborar o Plano Municipal de Mobilidade Urbana, conforme determina a Lei Federal n° 12,587/2012, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana.

A comissão terá que definir um redesenho do sistema de transporte coletivo. Isto porque “há uma indefinição quanto à conclusão das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VL), que estava inicialmente contratada pelo Estado de Mato Grosso, para finalizar em junho de 2014”, conforme diz trecho do decreto.

Essa comissão é composta por representantes da Secretaria de Mobilidade Urbana, Instituto de Planejamento e Desenvolvimento e da Procuradoria Geral do Município e ainda da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. 




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