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CIDADE
Quarta - 22 de Abril de 2015 às 10:00
Por: Hipernoticias

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 O grupo Galvão Engenharia colocou a venda sua parte na empresa CAB Ambiental, que controla 18 concessões de saneamento no país, conforme notícia do jornal Folha de São Paulo. As maiores empreiteiras do Brasil estão vendendo seus patrimônios para tentar saldar as dívidas bilionárias.

Só em Mato Grosso, a CAB Ambiental atua em cinco municípios, entre os quais está Cuiabá. Segundo o jornal, a GP Investimentos chegou a apresentar uma proposta de R$ 800 milhões pela CAB, mas o negócio ainda não foi fechado, já que a Galvão quer R$ 1,4 bilhão.

Apenas a parte controlada pelo Grupo Galvão está a venda, o que representa 66,6% das ações da CAB Ambiental. Os 33,3% restantes da empresa são de propriedade do BNDES Participações, ou seja, de uma empresa pública. Com isso, o Grupo Galvão deixa o controle de todas as unidades, incluindo Cuiabá.

Em Cuiabá, o contrato de concessão foi firmado em 2012 tem validade de 30 anos, mas tem gerado insatisfação no município pela ineficiência. Além disto, neste sábado (18) venceu a meta, proposta pela própria CAB, de universalizar a distribuição de água tratada em 3 anos. A empresa alegou que o prazo estipulado foi apenas "marketing".

A Prefeitura de Cuiabá cobrou da CAB Ambiental informações referentes a sua capacidade de investimento nos próximos anos. Em entrevista, o prefeito Mauro Mendes chegou a dizer que o contrato pode ser rescindido caso não haja garantias concretas de que a empresa pode cumprir as metas contratuais.

Ao todo, sete empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobras colocaram parte de seus empreendimentos a venda para pagar as dívidas bilionárias que restaram após a Operação Lava Jato. São concessões de aeroportos, rodovias, empresas de saneamento e estaleiro.

CRISE NA GALVÃO

Suspeito de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da Petrobrás,  o diretor-presidente e membro do conselho de administração do grupo Galvão Engenharia, Dario de Queiroz Galvão Filho foi preso pela Polícia Federal em um dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Erton Fonseca, outro diretor do grupo empresarial, também foi preso pela PF.

A Galvão Engenharia ingressou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. O objetivo do procedimento, em que fornecedores e credores deixam de ser pagos, é evitar a falência. 





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