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EDUCAÇÃO
Sexta - 15 de Julho de 2016 às 13:16
Por: Redação TA c/ Gcom - MT

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Foto: Divulgação
O secretário de Educação, Esportes e Lazer (Seduc) Marco Marrafon participou, na noite de quinta-feira (14.07), de encontro com mães, alunos e professores da rede estadual de ensino que organizam movimento pelo fim da greve, iniciada em 31 de maio. Intitulado "Aulas Já", o grupo busca diálogo com o governo e Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso (Sintep) para agilizar o retorno das aulas.

O deputado Wilson Santos, presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, também participa da discussão. A reunião foi realizada no bairro Ipase, em Várzea Grande.

Na avaliação do secretário Marrafon, o encontro fortalece a política da secretaria de dialogar com todos os envolvidos no processo educacional. Ele reforça que a pauta de reivindicação dos professores, apresentada pelo Sintep, foi "exaustivamente debatida" levando o governo a fazer uma proposta alinhada com os anseios da categoria.

“Se havia uma pauta colocada há 40 dias, praticamente todas elas foram atendidas. Fizemos as concessões que foram demandadas. Mas, uma negociação pressupõe mão dupla. Acreditamos que a nossa disposição em dialogar irá contribuir com o fim da greve”, pontuou.


Marrafon lembrou que os servidores da Educação receberam o aumento de 7% na folha de maio, conforme prevê a Lei Complementar 510/2013. Já em relação à Reposição Geral Anual (RGA), um dos itens reivindicados pelo sindicato, foi garantido o pagamento de 7,36%.

 

“Só isso totaliza uma garantia de melhoria na remuneração de 14,36%”, explicou Marrafon, que também respondeu questões envolvendo Parcerias Público-Privadas (PPPs) aos representantes das escolas estaduais Elmaz Gattas, Irene Gomes de Campos, Dom Bosco e Ensino Especial Luz do Saber - todas localizadas em Várzea Grande.

Durante o encontro, o deputado Wilson Santos destacou que o governo do Estado reconhece a greve dos profissionais, entretanto os professores deveriam encontrar outras maneiras de protestar.

 

“O governo reconhece a greve, mas tudo tem um limite. Estamos passando por uma crise. Das 32 categorias, 30 já voltaram ao trabalho e só as categorias da Educação insistem. O Enem é daqui uns dias e isso não é justo com os alunos”, salientou o parlamentar.

O encontro contou com a participação de aproximadamente 50 pessoas. Uma nova reunião, solicitada pelo grupo, deve acontecer nos próximos dias.

“Estou bem satisfeita porque hoje esclareceram muitas dúvidas que eu tinha. Achei ótimo. Acredito que com esse movimento a gente consiga chegar em um consenso e os alunos possam voltar às aulas”, declarou Maria Garcia, avó de uma aluna da escola Elmaz Gattas.

Reni Camiloti Junqueira, mãe da Mariana Camiloti Junqueira, aluna da Escola Estadual Elmaz Gattas Monteiro, em Várzea Grande, afirmou que Mato Grosso passa por um momento crítico, devido à greve dos profissionais da Educação. E para que isso chegue ao fim, conforme Reni, é necessário que os pais dos estudantes se unam, em forma de manifestação.

 

“Queremos o final dessa greve. Não aceito que 20 alunos fechem uma escola que tem mil estudantes. Por isso marcamos essa reunião, para pedir ajuda para o deputado e o secretário, pois não está certo essas crianças ficarem todo esse tempo sem aula”, disse Reni.

 

“A escola da minha filha foi a primeira a ser ocupada e isso já tem 50 dias. O que vai ser do futuro desses alunos? Cada um tem que brigar pelos seus direitos, mas os alunos não podem perder o ano letivo. Eu e outras mães estamos preocupadas com essa situação”, completou.

A estudante Mariana Junqueira também pediu o fim da paralisação. “Queremos aula. É muito tempo sem estudar. A gente vai na escola e ninguém explica nada. As pessoas que invadiram falam só o ponto de vista deles, mas o nosso grupo sabe que não é verdade”, concluiu a aluna.

 





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