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CIDADE
Quinta - 02 de Abril de 2015 às 09:36
Por: Diário de Cuiabá

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 Dívidas milionárias da ordem de R$ 200 milhões da antiga Sanecap – Companhia de Saneamento da Capital, que estão inscritas em precatórios judiciais que devem ser pagos até 2020 por decisão do Supremo Tribunal Federal  STF, mais multa por rescisão contratual com CAB Ambiental, empresa do Grupo Galvão, estimada em R$ 140 milhões, fora outra infinidade de problemas como a não existência de recursos públicos federais, estaduais e municipais impõem ao prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, a tomada de decisões que ele descreve como sendo grave e que exige responsabilidade e maturidade.

Mauro Mendes reconheceu que os serviços prestados pela CAB Ambiental dentro do que ficou pactuado quando da concessão dos serviços de água e esgoto, por 30 anos, não atendem as expectativas da prefeitura e muito menos da população de uma maneira em geral e pioraram significativamente com as investigações que pesam sobre o Grupo Galvão. “Agora por mais que a situação seja difícil, não vamos tomar decisões intempestivas, até porque temos que olhar e conhecer o problema de todos os ângulos possíveis que vão desde o não cumprimento das metas, passando pela Recuperação Judicial da CAB Ambiental e o cenário de incertezas econômicas em que o país está mergulhado”, frisou, lembrando que Cuiabá nunca teve, e continua não tendo capacidade de fazer o enfrentamento das questões relativas à água e ao esgoto. 

O prefeito sinalizou que é possível, também se conhecendo o problema, ver que muitas soluções pontuais foram construídas nos últimos anos pela CAB Ambiental, bem como saber que o experimento de concessões à iniciativa privada em vários municípios e Estados do Brasil avançou de forma significativa em prol da população. Mauro Mendes reconheceu como um problema de desempenho o que a CAB vem sofrendo, mas reafirmou que novas situações preocupam que é a condição do grupo controlador, que é de instabilidade política e econômica que leva ao questionamento se ela terá ou não condição de honrar com os investimentos para atender as exigências do contrato de concessão que era de 100% de água tratada neste ano de 2015 e de 100% do esgoto em 2022.

Convicto de que somente dará passos seguros e firmes na solução do que considera como um dos mais graves problemas, Mauro Mendes voltou a garantir que não hesitará na tomada de decisões, mas que não o fará apenas para parecer bonito, parecer que o Poder Público pode tudo, sem medir as consequências. No tocante à composição da nova Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec) que substituiu a Amaes, ele disse que na semana que vem os nomes serão apresentados à apreciação dos vereadores.





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