Creche suspende atividades por falta de água em Várzea Grande
Sem água e com paredes rachadas, a direção da escola decidiu suspender as atividades até que os problemas estruturais se resolvam. Segundo o presidente do Sintep-VG, professor Gilmar Soares, a unidade sofre com estas patologias há mais de dois anos.
“As paredes estão desmoronando com rachaduras e o forro cedendo. A escola está com risco de desmoronamento e estes problemas vêm se estendendo há mais de dois anos, e agora só vem piorando”.
O presidente explicou que uma caixa d’água da unidade, de 10 mil litros, está quebrada e não suporta mais segurar toda água que chega à escola. Além disso, ele revelou que uma equipe da Vigilância Sanitária interditou três salas de aula por conta da falta de estrutura do espaço.
“Há 20 dias a equipe esteve aqui e desocupou as salas, porque o local corre risco de desabamento, o que se torna também um risco para as crianças que ocupam o espaço. Nós não denunciamos na época, pois a prefeitura tinha garantido que iria resolver o problema em breve, mas até agora nada”.
Ainda hoje - A diretora da escola, Delza Belizario, disse que as atividades realmente foram suspensas devido à falta de água, mas que o problema deve ser resolvido ainda hoje.
“Ficamos com a falta de água na sexta, final da tarde. Tentamos arrumar no sábado, mas foi visto que a caixa estava quebrada e precisava ser trocada. Com isso eu suspendi as aulas hoje pela manhã, mas os alunos da pré-escola terão as atividades normais na parte da tarde. Acredito que até amanhã tudo volte ao normal”.
Sobre a presença da equipe da Vigilância Sanitária, a diretora negou. Ela informou que a própria Secretaria de Educação do município esteve na escola para fazer uma vistoria, com a intenção de reformar a unidade. Com isso, aconselhou que as salas fossem desocupadas devido às rachaduras.
“A arquiteta da secretaria aconselhou que fosse desocupada, porque realmente tem bastante rachadura na sala dos professores, no banheiro e na secretaria. Então, estamos ocupando outros espaços da escola. Não veio nenhuma equipe da Vigilância aqui”.
O secretário de Educação, Silvio Fidelis, disse que uma equipe da pasta está vistoriando diversas escolas na cidade para que todas passem por reformas, inclusive o Centro de Educação Infantil.
“Estes problemas são de reformas que não são feitas há mais de 20 anos. Acredito que até o 2º semestre estes problemas já devem ser sanados com as reformas. Caso prejudique no andamento das atividades, vamos alugar um outro espaço e reconduzir os alunos até que as obras acabem”.
Sobre a suposta visita da Vigilância Sanitária, o secretário disse desconhecer da visita e que não recebeu nenhum laudo até então. “Não chegou nenhum laudo para mim, mas estamos disponíveis para atender qualquer necessidade que tiver nas escolas”.