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CIDADE
Quinta - 12 de Março de 2015 às 14:28
Por: Folhamax

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 Ao chegar para participar de mais uma audiência para ouvir testemunhas de acusação e defesa numa das seis ações penais que responde em decorrência da "Operação Ararath", o ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e Copa, Éder de Moraes Dias, voltou a tecer contundentes críticas aos integrantes dos Ministérios Públicos Estadual e Federal. "Estou aboslutamente tranquiulo. Sinto o MP contaminado e nutrido por motivos pessoais porque é uma perseguição velada e a sociedade sabe disso", disse.

Ele irá depor no dia 19 em relação a acusação de lavagem de cerca de R$ 20 milhões através do pagamento ilegal de um precatório a empreiteira de José Geraldo Sabóia. O empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, "Júnior Mendonça", declarou em delação premiada que recebeu R$ 2 milhões do esquema criminoso a mando do ex-secretário para quitar empréstimos feitos no "banco pirata".

Éder Moraes afirmou que existem várias falhas nas investigações conduzidas por  promotores e procuradores e citou como exemplo a acusação de que teria pago R$ 80 milhões ilegalmente a construtora Encomind S/A "sem ao menos olhar no portal transparência do Estado. "É um ódio nutriodo. Estão brincando com a liberdade das pessoas de ter paz social. Estão execrando minha vida e estão criminalizando todos meus atos como secretário, mas tenho a tranquilidade porque sempre trabalhei na legalidade", disse, ao avisar que conseguirá provar na Justiça que é inocente.

Para o executivo, "soa estranho e deixa todos de boca aberta" o fato de "Júnior Mendonça" não ter sido denunciado ontem pelo MPF na ação criminal em que ele é acusado de cometer um rombo de R$ 192 milhões nos cofres do Estado através da negociação fraudulenta de créditos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para grandes transportadoras. "O beneficário disso não foi denunciado e o mais grave é que em sua delação premiada não relatou este fato. Ou seja, ele escondeu estes dados e o Ministério Público e ciente disto. São coisas que iremos descontruir com parcimônia", salientou atribuindo toda culpa por eventuais falhas nos pagamentos no ex-secretário de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, morto em julho do ano passado.

"Só a última folha é assinada pelo secretário de Fazenda após todos atestarem a legalidade", explicou, ao acrescentar que "não adianta colocar cangalha em burro errado e curva de rio em meu nome porque a responsabilidadade de cada um precisa ser apurada". 

CABEÇA ERGUIDA

Éder Moraes ainda apontou supostas regalias para "Júnior Mendonça" como chegar para audiências na Justiça Federal, em Cuiabá, pelo fundo do prédio. "Vou questionar em juízo. Eu enfrento a mídia e venho aqui colocar minha cara. Quando estava preso, ele me concedeu entrar por trás devido minha liberdade estar restrita. Agora, Júnior gosta de aparecer é no Fantástico. Se ele tem esse direito, eu também quero", assinalou.

Para ele, houve um "erro proposital" em não ouvir a colunista social Kharina Nogueira, ex-esposa de "Júnior Mendonça" e autora das denúncias que originaram a operação. "A Kharina sabe aonde a coruja dorme e até hoje não havia sido ouvida. Ela vai ser ouvida em todos meus depoimentos e vai lembrando de fatos novos e citando o que sabe. Tomara que o depoimento dela seja colocado na internet assim como os meus", reclamou.

O executivo ainda previu a anulação da delação do empresário. Ele afirmou que não teme ser preso novamente e "quem deve temer é o delator porque fez mentiras no processo".

Éder Moraes reafirmou não temer ser morto ou novas ações por parte do Ministério Público. "Ando de cabeça erguida na cidade e por onde olho vejo uma obra que eu tenha feito e que orgulha a sociedade", disse, ao revelar que os "maus informados fazem juízo de valor" para considerá-lo "ladrão".





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