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ECONOMIA
Sexta - 06 de Março de 2015 às 14:00
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 O governador de Mato Grosso, Pedro Taques, participou de uma reunião com governadores de quatro dos sete maiores estados produtores de etanol do país, onde defendeu união para que sejam exigidas melhorias junto ao Governo Federal para o setor sucroenergético. No encontro desta quinta-feira (05.03), em Goiânia, os chefes dos executivos estaduais assinaram uma carta com as principais reivindicações que será encaminhada à presidente Dilma Rousseff.
 
Segundo Taques, em Mato Grosso o setor do etanol gera 17 mil empregos diretos e 60 mil indiretamente. Para ele, no entanto, a crise sistêmica que assola o segmento é decorrência da falta de definições da matriz energética brasileira. “Em um determinado momento, o governo central abandonou o etanol em homenagem a um sonho chamado pré-sal. Mudou totalmente e quem iria investir em uma situação como esta? Quem sabe agora, depois da porta arrombada, no momento do adágio, nós colocamos tranca”, endossou.

Aos governadores de Goiás, Marconi Perillo, de São Paulo, Geraldo Alckmin, do Paraná, Beto Richa, e de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, o governador mato-grossense falou sobre algumas medidas políticas que considera ideais para reduzir os impactos negativos e melhorar a competitividade do produto no mercado. Entre elas está a diferenciação tributária no que diz respeito à alíquota do etanol.
 
Além disso, Taques também defendeu a cobrança do recebimento dos recursos arrecadados com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre os combustíveis. Do total de 29% da arrecadação que não são repassados pelo Governo Federal aos estados, 25% deveriam ser remetidos às cidades de acordo com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
 
Atualmente, no Brasil, 84 empresas do segmento sucroenergético estão em recuperação judicial e 60 estão fechadas. Para o governador de São Paulo, maior produtor de etanol do país, a crise gerada pelas políticas da União deve ser resolvida por ela, dada a importância do produto. “O etanol pertence ao setor primário, secundário, serviços e sustentabilidade, ou seja, é extremamente estratégico”, justificou.
 
Os cinco governadores assinaram a carta, que será entregue à Presidência da República, e que também tem o apoio dos chefes dos Executivos de Alagoas, Renan Filho, e de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Um ofício também foi encaminhado a Brasília solicitando uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para que o assunto seja debatido pessoalmente.
 
“Precisamos fazer com que o carvão vire diamante e o carvão só vai virar diamante a partir de pressão, pressão legítima, pressão política junto ao Governo Federal. Me coloco à disposição para ser parceiro e ajudar o setor não só em Mato Grosso, mas em todos os estados”, finalizou Pedro Taques.              




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