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AGRONEGÓCIO
Quinta - 07 de Julho de 2016 às 17:04
Por: Redação TA c/ Gcom - MT

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Foto: Gcom-MT
Base econômica de Mato Grosso, o agronegócio é o setor que consegue manter bons números financeiros em meio à crise nacional. A constatação foi feita pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, nesta quinta-feira (07.07), durante palestra no Fórum das Cadeias Produtivas, em Cuiabá.


O evento, que segue até esta sexta-feira (08.07), é realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), durante a 52ª Expoagro.

De acordo com Rodrigues, para que uma atividade tenha bons resultados é preciso trabalhar com previsibilidade macro do cenário econômico. Segundo o profissional, dentre os itens que necessitam ser levado em consideração na área do agronegócio, estão as possíveis alterações do eixo comercial, mudanças climáticas, cenário político de países do exterior, imigração, tecnologia, além das zonas financeiras.

Em relação ao cenário nacional, o ex-ministro informou que atualmente o país vive em um momento em que há baixo consumo e os investimentos se encontram paralisados, porém para o meio agro as projeções de crescimento são positivas até o ano de 2020.

“Enquanto a área plantada no país apresentou crescimento de 25%, nos últimos 25 anos, a produção de grãos cresceu no Brasil 260%. No mesmo período, a produção de frango teve elevação de 458% e a de bovinos 88%. O PIB do agronegócio tem se mantido, ao longo dos anos, sempre positivo, mas é preciso ainda que a agricultura brasileira aprenda a agregar valor à produção”.

Mesmo com cenário positivo, Rodrigues explicou que o Brasil ainda precisa enfrentar desafios para fortalecer a área e ampliar a visão positiva em relação ao agronegócio. “O governo federal e o setor privado precisam trabalhar de forma adequada para fortalecer ainda mais o agronegócio.

Dentre os itens a serem melhorados estão a modernização e flexibilização de créditos rurais, investimento em logística, segurança jurídica, seguro rural, a comunicação, realização de novos acordos, controle de custos, além das gestões rural, comercial, fiscal, financeira, ambiental e social”.

Secretário adjunto de Agricultura da Sedec, Alexandre Possebon, reforçou a importância da realização do Fórum das Cadeias Produtivas no atual cenário econômico do país. “A realização do Fórum de Cadeias Produtivas vem ao encontro das ações desenvolvidas no Estado.

O governador Pedro Taques tem apresentado a propensos investidores o potencial econômico e de crescimento de Mato Grosso. Porém ainda encontramos desafios que não estão relacionados apenas ao crescimento da economia, mas também ao desenvolvimento e agregação de valores”.

Ainda sobre o tema, Possebon reforçou que Mato Grosso se destaca em relação à produção sustentável. Segundo ele, a Estratégia PCI é exemplo disso. Apresentada durante a COP 21, a PCI consiste na busca da expansão e aumento da eficiência da produção agropecuária e florestal de Mato Grosso, aliada à conservação da vegetação nativa e recomposição dos passivos ambientais, com a inclusão socioeconômica da agricultura familiar e de populações tradicionais.

Presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne, Luciano Vaccari, reforçou que o atual momento da agricultura e pecuária é positivo para o Estado. “Mato Grosso é hoje o maior produtor de milho e soja, algodão, pescado de água doce do país, além de contar com o maior rebanho do Brasil.

Nós ajudamos muito a economia brasileira, porém também precisamos ser ajudados, como na área de escoamento da produção, infraestrutura e logística, para que sejam criadas, assim, condições de igual para igual, com outros países e estados brasileiros”.

Em relação ao Fórum das Cadeias Produtivas, Vaccari complementou dizendo que as informações repassadas durante o evento tendem a contribuir para a aplicação de melhorias no agronegócio. “Temos hoje um grande pacote tecnológico a disposição dos produtores e indústria, porém isso precisa ser aprimorado.

É preciso que o produtor tenha este conhecimento para implementá-lo em sua propriedade, aumentar os índices de produtividade e melhorar a renda. Este é o objetivo e a informação é o caminho mais fácil e mais seguro para se chegar neste lugar”.

 





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